POLÍCIA FEDERAL

Dono de rede atacadista do DF é preso na operação Lesa Pátria

Joveci Xavier é um dos alvos de policiais federais, na manhã desta quinta-feira (29/2)

De acordo com as investigações, Joveci Xavier de Andrade frequentava o acampamento no QG, além de financiar material e alimentação aos acampados -  (crédito: Silvio Abdon/CLDF)
De acordo com as investigações, Joveci Xavier de Andrade frequentava o acampamento no QG, além de financiar material e alimentação aos acampados - (crédito: Silvio Abdon/CLDF)

O empresário brasiliense e dono de uma rede atacadista, a Melhor Atacadista, Joveci Xavier de Andrade é um dos alvos da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (29/2).

As ações são autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Adauto é apontado nas investigações da Polícia Federal por ter financiado os atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado. A informação da prisão foi confirmada pelo Correio junto a fontes policiais.

Ao todo, estão sendo cumpridos 34 mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sendo 24 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico. A operação ocorre nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

Além disso, foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Segundo a investigação, o valor dos danos causados ao patrimônio público nos ataques pode chegar a R$ 40 milhões.

Os fatos investigados constituem os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Veja os mandados:

  • 24 mandados de busca e apreensão: (8 em Tocantins), (6 em São Paulo), (2 em Mato Grosso do Sul), (3 no Paraná), (1 no Rio Grande do Sul), (1 em Minas Gerais), (1 no Espírito Santo), (2 no Distrito Federal);
  • 3 mandados de prisão preventiva (1 em São Paulo), (2 no Distrito Federal);
  • 7 monitoramentos com tornozeleira eletrônica (1 em Mato Grosso do Sul), (3 no Paraná), (1 no Rio Grande do Sul), (1 em São Paulo), (1 em Minas Gerais)

Veja nota da defesa dos dois investigados

A defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Andrade não obteve acesso à decisão emitida pelo Senhor Ministro Alexandre de Moraes. Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal.

A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto.

Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal.

O Grupo ao qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito.

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postado em 29/02/2024 08:19 / atualizado em 29/02/2024 12:49
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