Obituário

"Não caiu a ficha", diz sobrinho de mulher que morreu ao cair de escada

Amigos e familiares de Sandra de Sousa Marinho se despediram dela, no Cemitério da Asa Sul. Vítima morreu no sábado após ter caído da escada e batido a cabeça

Enterro de Sandra ocorreu na tarde deste domingo (26/2) -  (crédito: TV Brasília/Divulgação)
Enterro de Sandra ocorreu na tarde deste domingo (26/2) - (crédito: TV Brasília/Divulgação)

A funcionária terceirizada que caiu de uma escada e bateu a cabeça contra o chão, Sandra de Sousa Marinho, 41 anos, foi enterrada na tarde deste domingo (25/2), no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.

Sandra faleceu na manhã de sábado (24/2), após ficar mais de uma semana internada em estado gravíssimo no Hospital de Base. O acidente ocorreu na Escola Classe 10, de Ceilândia, em 16 de fevereiro. "Não caiu a ficha ainda. Estávamos juntos a três semanas atrás. Obrigado por todos os momentos. Te amamos e iremos lutar por Justiça", escreveu Thiago Crazy, sobrinho de Sandra, nas redes sociais.  

A empresa que a vítima trabalhava, a Real JG Facilities S/A, lamentou a morte da funcionária. Nas redes sociais, a empresa pediu que as autoridades responsáveis possam elucidar e apontar as responsabilidades do acidente.

A 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) investiga o caso como acidente de trabalho.

O caso

O acidente ocorreu na manhã de sexta-feira (16/2). Sandra de Sousa Marinho, 41, foi levada ao Hospital de Base logo em seguida ao ocorrido. A reportagem apurou que o estado de saúde da vítima era considerado gravíssimo pelos médicos, já que ela não respondia a estímulos.

Após o acidente, a empresa em que Sandra trabalhava, a Real JG Facilities S/A, informou que o contrato mantido com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) “apenas prevê o fornecimento de mão de obra especializada em conservação e limpeza, e não a prestação de serviço nas alturas, conforme se observa nas imagens.”

De acordo com a empresa, apesar dela estar com equipamentos de proteção individual (EPIs), não tinha os apetrechos adequados para prestar aquele trabalho específico, e que “não estava ali sob determinação da empresa, e sim a pedido da direção da escola”.

A SEE-DF, em nota, informou que o caso está sendo investigado pela Corregedoria da secretaria. “Destaca-se que essa investigação está sendo conduzida de maneira sigilosa para garantir a integridade do processo. Ademais, a Polícia Civil também está apurando os fatos dentro de suas competências. A SEEDF reafirma seu compromisso em adotar todas as medidas necessárias para esclarecer completamente o ocorrido”, explicou a pasta.

Após a queda, Sandra bateu a cabeça no chão e passou por convulsões. O Correio decidiu borrar parte da filmagem, dada a gravidade das imagens. 

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postado em 25/02/2024 23:32 / atualizado em 26/02/2024 17:09
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