O Correio Braziliense promove, na próxima quinta-feira (29), às 9h, o debate "Dengue, uma luta de todos". Com a participação de médicos, especialistas, representantes dos governos federal e local, o encontro tem o objetivo de mobilizar autoridades e cidadãos para o combate à epidemia. O evento, com transmissão ao vivo pelas redes sociais, será realizado no auditório do jornal.
O subsecretário de Vigilância à Saúde (SVS/SES-DF), Fabiano dos Anjos, alerta que a principal forma de se prevenir contra a dengue é reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti. "Eliminar qualquer tipo de criadouro é fácil e pode ser feito em pouco tempo. A gente tem utilizado aquela recomendação de 10 minutos na semana, para que as pessoas possam adotar medidas simples no cotidiano", comenta.
Fabiano ressalta que as ações em casa devem estar incorporadas ao cotidiano. "Principalmente para que, ao redor do domicílio ou, mesmo dentro de nossas casas, não acumule água e o local acabe se tornando um foco para a reprodução do mosquito", explica.
Coordenador de Infectologia do Hospital Santa Lúcia, Werciley Júnior destaca a importância de a população estar vigilante. "É uma doença que pode ter casos leves, mas pode ter casos graves, que têm a possibilidade de evoluir para óbito", enfatiza. "Levar a doença a sério desde o início, fazendo um diagnóstico precoce, faz com que o tratamento seja baseado em coisas simples, que é, principalmente, a hidratação. Então, o diagnóstico rápido, junto a uma boa hidratação, evita as complicações", acrescenta.
No DF, adultos e idosos são maioria entre os óbitos decorrentes da doença. Segundo o especialista, isso ocorre porque, em geral, eles tiveram dengue, pelo menos, uma vez na vida. "A segunda infecção tem uma tendência de fazer formas graves, por isso que adultos e idosos têm maior chance de complicações", assinala. "Nos idosos, doenças prévias podem se descompensar e, com isso, causar risco maior", afirma o infectologista.
De acordo com Werciley Júnior, não há como saber se uma picada é do Aedes aegypti ou de um mosquito comum. "A picada, em si, é feita pela fêmea de qualquer mosquito em busca de alimentação. A gente sabe que, na nossa região, existem bastantes mosquitos da dengue. Por isso, qualquer picada de inseto, neste momento epidêmico, temos que considerar que foi do inseto transmissor da doença", afirma o especialista.
Cerca de 50% dos casos de dengue são assintomáticos, conforme técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Isso aumenta o perigo. "Quando um mosquito comum pica uma pessoa infectada, porém assintomática, ele pode, sim, adquirir o vírus da dengue, que se multiplica dentro do próprio mosquito", detalha. "Em seguida, ao picar outras pessoas, esse mosquito pode transmitir a doença", conclui.
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