Wildemar de Carvalho Silva foi solto, na noite desta segunda-feira (19/02), após a prisão temporária ser revogada pelo Juiz do Tribunal do Júri. O homem era namorado da mãe do menino Henry Sousa de Oliveira e locatário da casa onde ocorreu a morte da criança, em 19 de janeiro deste ano.
A prisão temporária de Wildemar foi revogada pelo juiz após pedido do delegado responsável pelo caso, Brunno Oliveira. Segundo o investigador, novas informações indicavam que a detenção não era mais necessária. “Representou-se somente pela revogação da prisão de Wildemar de Carvalho Silva, vez que, diante de novos elementos de informação, a manutenção da sua segregação cautelar não mais se demonstrava imprescindível para as investigações”, declarou.
O delegado-chefe da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), Fabrício Augusto, afirmou, ainda, que “o trabalho investigativo caminha para o afastamento da responsabilidade do namorado da mãe em relação ao evento morte.”
O delegado Brunno Oliveira destacou que a investigação continua, com a prisão mantida de Lucimara de Sousa Barbosa, a mãe de Henry. A conclusão do inquérito, com laudos e outros elementos de prova, será enviada posteriormente à Justiça para análise pelo promotor do Júri.
O caso
Os dois foram presos, em 31 de janeiro, após um laudo da PCDF mostra que a criança apresentava diversas lesões externas e internas no corpo. As prisões, na ocasião, foram efetuadas pela 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina). Em depoimento inicial, a mãe do bebê, Lucimaria de Sousa Barbosa, disse que o filho havia sofrido apenas uma queda da cama há poucos dias e, por isso, o menino estaria com um hematoma no lado esquerdo da cabeça. Relatou, ainda, outras quedas sofridas por Henry enquanto caminhava ou corria.
Segundo as investigações, na noite de 19 de janeiro, Henry estava na casa do namorado da mãe, Wildemar de Carvalho Silva, na companhia do casal e de um filho de Wildemar, de 10 anos. Em depoimento, a mãe contou que, na manhã de 20 de janeiro, por volta de 5h40, ao ir trocar a fralda do filho, percebeu que ele estava frio. O Corpo de Bombeiros (CBMDF) esteve no local e constatou o óbito.
O laudo cadavérico constatou que a causa da morte foi por traumatismo craniano por ação contundente. O documento revelou ainda que o bebê apresentava equimoses em várias partes do corpo, escoriação e diversos hematomas internos e hemorragia em locais distintos, bem como cicatrizes no abdômen e na coxa, o que indica morte violenta.
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