Investigação

Ex-distrital Carlos Xavier é preso por morte de adolescente, amante da ex-esposa

Ex-parlamentar foi capturado por policiais militares em Brazlândia. Ele estava foragido da polícia por ter mandado matar um adolescente, que teria tido um relacionamento com a ex-esposa dele

Carlos Xavier foi capturado por policiais militares em Brazlândia -  (crédito: Arquivo/CB/DA Press)
Carlos Xavier foi capturado por policiais militares em Brazlândia - (crédito: Arquivo/CB/DA Press)

O ex-deputado distrital Carlos Pereira Xavier, 62 anos, foi preso, no final da tarde desta segunda-feira (19/2), por policiais militares, para cumprimento de um mandado de prisão contra o ex-parlamentar, acusado de encomendar a morte de um adolescente de 16 anos, em março de 2004.

Carlos Xavier — que também ficou conhecido como Adão Xavier — ficou preso por um período, mas foi solto quando conseguiu o direito de responder em liberdade, em 2018. Existia um mandado de prisão contra ele expedido desde fevereiro de 2022. Policiais militares capturaram o réu e o levaram para a 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). A informação foi confirmada por fontes policiais.

Segundo as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o então distrital teria encomendado a morte do rapaz depois de descobrir que ele era amante da ex-mulher. O jovem foi assassinado e o corpo encontrado atrás de uma parada de ônibus, no Recanto das Emas.

Pouco depois, o nome de Carlos Xavier surgiu em meio às investigações do crime e, em agosto do mesmo ano, a Câmara Legislativa (CLDF) decidiu pela cassação do então parlamentar — o primeiro da história a ser cassado.

O homem contratado para o serviço, o capoeirista Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão pela morte do rapaz. As investigações mostraram que Risadinha teria planejado o assassinato do rapaz, contratando um adolescente e outro suspeito, que também foi condenado a 15 anos de detenção.

Reviravolta

A coluna Eixo Capital, do Correio Braziliense, mostrou no início do mês de que após 10 anos do julgamento do ex-deputado no Tribunal do Júri, a Justiça do DF vai analisar um recurso que pode anular todo o processo.

Uma das testemunhas-chave é o ex-deputado e ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Laerte Bessa. A tese é de que o adolescente foi vítima de um latrocínio e não um crime encomendado pelo político. 

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postado em 19/02/2024 21:26 / atualizado em 19/02/2024 21:39
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