O jornalista Carlos Henrique de Almeida Santos será velado nessa segunda-feira (4/2), das 13h às 15h, na Capela 3 do Cemitério Campo da Esperança. O sepultamento, segundo informou a família, será às 15h30.
Referência no jornalismo brasileiro, Carlos Henrique de Almeida Santos morreu na sexta-feira (2), aos 75 anos, em casa, em decorrência de um câncer no pulmão.
O profissional atuou como repórter político do jornal O Estado de São Paulo e da revista Veja durante a ditadura militar; foi chefe de redação da Rede Globo em Brasília; e dirigiu o telejornalismo do SBT na capital federal, além de ter sido porta-voz do governo José Sarney.
Baiano, morava em Brasília há 62 anos e formou-se em direito na UnB. Deixa a mulher, a socióloga Renata Braga Santos, os filhos Gabriela, Pedro e Joana, e os cinco netos.
Veja homenagens de amigos ao jornalista:
O andarilho das noites estreladas
Jorge Oliveira, escritor, jornalista e cineasta
"O jornalista e poeta baiano Carlos Henrique não resistiu a um câncer traiçoeiro que ceifou a sua vida e o retirou de maneira brutal e surpreendente do convívio de seus amigos brasilienses. Como um guerreiro, recolheu-se no silêncio de um leito cercado do carinho da mulher, dos filhos e dos irmãos. Recusou-se a terminar suas horas no CTI assumindo o comando da própria morte, a quem não deixou dominá-lo até no último suspiro. Foi-se com dignidade um dos mais completos profissionais do jornalismo. Mas se foi, sobretudo, o gentleman das madrugadas de Brasília, que misturava a sabedoria de degustar um bom uisquinho com a paciência de um monge e a virtude de um bom gourmet, enquanto surpreendia os amigos mais próximos com uma poesia aqui e acolá escrita no velho e, muitas vezes, lambuzado guardanapo de pano. O Brasil perde um grande jornalista e a cidade que o adotou, o seu principal andarilho das noites estreladas, sempre curtas para um boêmio amante das madrugadas. Adeus, companheiro CH! Até outro dia."
Professor de detalhes
Luis Turiba, poeta e jornalista
"Carlos Henrique nos ensinou a não ter medo de coisas simples: uma garrafa de uísque, por exemplo. Ao abrir uma segurava sua tampa no meio da mão e (prazerosamente) a arremessava longe. “Não é uma garrafa que vai humilhar esse grupo de amigos que se reúne todas as sextas para passar a vida a limpo”, anunciava antes de brindar o amor, a paz, o trabalho, a poesia, a boa música e os amigos que faziam parte da sua família planetária."
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