AMEAÇAS

Morador colocava fezes em caixa de correspondência de síndica na Asa Norte

Sílvia Pérez, 59 anos, síndica de prédio da Asa Norte, relata que o morador serrou sua caixa de correspondência, colocou preservativos, comida estragada, ovos quebrados e uma Bíblia com bilhetes em tons ameaçadores e fraldas com fezes no local

A síndica de um prédio da Asa Norte, Sílvia Pérez, 59 anos, tem vivido episódios de ameaças e atitudes desequilibradas por parte do morador que não aceita as regras de convivência do edifício e questiona as taxas de manutenção do residencial. 

A mulher detalha que tudo começou quando ela assumiu a administração do prédio, em 2018, e Marx Amaro Motta já tinha um histórico de intimidações e ameaças com a antiga gestora. “Quando eu assumi, ele continuou a fazer tudo aquilo comigo”, conta Silvia. “Foi quando ele percebeu que eu não iria lhe dar um tratamento privilegiado, ele começou a enviar e-mail ameaçando”, relata.

No mesmo ano, ela pediu uma medida protetiva contra Marx, que foi deferida e ele, condenado. ”A medida teve fim em 2022, e ele voltou com tudo, fazendo pichações nas paredes da porta dele, da vaga da garagem me xingando, além de sempre enviar e-mail com intimidações”, conta Silvia, reforçando que tem duas sentenças contra o morador, e ele recorreu de ambas, além de uma medida protetiva de urgência requerida em novembro de 2023. 

Entre os diversos terrores vividos, Silvia relata que o morador serrou sua caixa de correspondência, colocou preservativos, comida estragada, ovos quebrados, uma Bíblia com bilhetes em tom ameaçador e fraldas com fezes no local.

Silva afirma que a situação virou um ciclo: ele comete infrações e é multado e, em seguida, volta com as atitudes. “Eu tenho medo da conduta dele, por conta da minha família e dos moradores do prédio”, afirma Sílvia.

O Correio entrou em contato com a defesa de Marx Amaro Motta, mas até a última atualização desta matéria não havia obtido resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

Expulsão

Os moradores do residencial se reuniram, nesta quarta-feira (31/1) à noite, para debater sobre o condomínio. A assembleia definiu uma multa fixa pelos atos e votou pela remoção de Marx. “Espero que consigamos resolver isso, para que o prédio volte à normalidade e possamos cuidar do patrimônio”, conta a síndica.

 

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