A tenda montada na Administração Regional de Ceilândia para atendimento de pacientes com sintomas de dengue estava cheia na manhã desta terça-feira (23/1). A fila de cadeiras tinha mais de 50 pessoas à espera de serem chamadas pela equipe médica. Essa é uma das unidades montadas no DF pela Secretaria de Saúde que recebeu diversos pacientes com problemas de saúde similares à doença.
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Acompanhada do sogro — também com suspeita de dengue — a autônoma Jane Marques, 45 anos, relata ter sintomas desde a noite do último sábado (20/1), quando começou a sentir mal estar no corpo, suor, coceira, febre, dor atrás dos olhos e nos braços.
"Tudo que eu como tem gosto ruim, e não sinto gosto de nada. Se for dengue mesmo, será a terceira vez. Peguei duas vezes no começo e fim do ano passado", relata a moradora de Ceilândia Norte.
Jane reclama da dificuldade para conseguir atendimento na rede pública de saúde. "Tentei ser atendida na UPA de Brazlândia, mas me disseram que atenderiam se fosse pulseira laranja (caso urgente) ou vermelha (risco de morte), e eu era amarela. Então o médico me encaminhou para essa tenda de Ceilândia", conta.
As ações do GDF vêm após a Secretaria de Saúde registrar aumento de 435% nos casos neste início do ano. As ocorrências da doença subiram de 1.370 nas duas primeiras semanas de janeiro de 2023 para 7.329 no mesmo período de 2024.
Nas tendas montadas na Administração do Pôr do Sol/Sol Nascente, mais de 40 pacientes foram atendidos na manhã desta terça-feira (23/1). A reportagem presenciou cerca de cinco pessoas que tiveram resultado negativo para a doença.
Na unidade, uma mulher, de 30 anos, desmaiou por duas vezes nas tendas montadas na Administração Regional do Sol Nascente/Pôr do Sol para atendimento a pacientes com sintomas de dengue. Ela chegou ao local junto de familiares por volta das 10h30, e até a publicação desta reportagem aguardava por socorro de uma ambulância do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Na noite dessa segunda-feira(22/1), ela teve sintomas da doença, como vômito, mal estar, dor no corpo, febre e dor atrás dos olhos.
Um parente da paciente, que não quis se identificar, informou que a mulher teve um desmaio ainda em casa, no Sol Nascente, quando a família a levou de carro até o local. "O atendimento do bombeiro e das enfermeiras foi rápido, mas a ambulância já era para estar aqui. A gente conseguiu chegar aqui a tempo de ela ser atendida para fazer o teste e ser hidratada", detalha o cunhado da vítima.
Antes, os parentes da mulher tentaram atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Setor O, mas o local estava cheio e não conseguiram atendimento. "Deveriam ter sido tomadas ações preventivas no início do mês. Assim, não iria chegar a esse ponto que chegou hoje. Essa improvisação (tendas) desafogou, mas de forma tardia", critica o parente.
Na Administração Regional de Samambaia, a reportagem também presenciou local cheio, com fila de espera movimentada.
Confira aqui as regiões com tendas montadas para atendimento a pacientes com sintomas de dengue.
Saiba os sintomas da dengue
Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta: maior que 38°C;
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça; e
- Manchas vermelhas no corpo.
A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Com informações da Secretaria de Saúde do DF
https://www.correiobraziliense.com.br/webstories/2024/01/6789882-5-passos-para-acessar-o-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html
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