Entrevista/Marcos André Frasson, médico especializado em dores agudas e crônicas da clínica Acolhedor

Hérnia de disco é maior causadora de afastamento temporário do trabalho

Segundo levantamento do governo federal, no ano passado houve 68% de afastamentos a mais que em 2022. Ao CB.Saúde, especialista destaca os problemas condição física

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que oito em cada 10 pessoas no mundo têm hérnia de disco. Os tratamentos e as principais causas para desenvolver a condição física foram debatidos por Marcos André Frasson, médico especializado em dores agudas e crônicas da clínica Acolhedor, no programa CB.Saúde — parceria entre Correio e TV Brasília — desta quinta-feira (18/1). À jornalista Carmem Souza, o doutor destaca crianças com problemas crônicos no pescoço por conta do mau uso do celular.

Diferente do passado, onde o tratamento de dores na coluna eram feitas apenas com antibióticos, Marcos André cita que existem uma série de estratégias que podem ser tomadas para o tratamento. “Hoje o tratamos de forma multimodal. Orientamos fazer fisioterapia, caso haja queixas psicológicas, encaminhamos para o psicólogo, se precisar de colocar medicação em alguma estrutura que está doente, faremos. Tudo para que ele melhore muito mais rápido e essa dor não vire crônica. Esse é o nosso grande desafio, não deixar a dor aguda (até três meses) virar dor crônica”, explica.

O governo federal fez um levantamento e a hérnia foi a principal causa de afastamento temporário do trabalho. No ano passado, houve um aumento de 68% em relação a 2022. Pessoas que ficam muito tempo sentadas também estão submetidas. O especialista cita uma série de profissionais que podem ser acometidos pelo problema. “motoristas, cobradores, telemarketing, repórteres, profissionais da saúde estão entre eles”, pontua.

Marcos André alerta que não são apenas os idosos que sofrem com essa condição, jovens também têm desenvolvido problemas lombares. “Vivemos uma epidemia de crianças que estão com problemas crônicos no pescoço por conta do mal uso ou excesso do celular. Provavelmente daqui a 20 ou 30 anos teremos um exército de adultos com dores cervicais, pelo uso de tela na infância", conclui.

*Estagiário sob a supervisão de Suzano Almeida

Veja a entrevista na íntegra

 

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