A prisão de Kelsen Oliveira de Macedo, 42 anos, acusado de matar a companheira, Diana Faria Lima, 37, na QNM 24 de Ceilândia Norte, foi convertida de flagrante para preventiva, nesta quarta-feira (17/1). A decisão é do juiz Leandro Eiti Alvares Ezaki, do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC), parte do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
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Na audiência de custódia de Kelsen, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) defendeu a conversão da prisão em preventiva, com base na regularidade do crime em flagrante. A defesa do indiciado pediu a liberdade provisória, sem fiança. O juiz não viu razões para o relaxamento da prisão e homologou o auto de prisão em flagrante, que foi efetuado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Após analisar o processo, o juiz Leandro Eiti afirmou que os fatos são graves, pois Kelsen matou a companheira após uma discussão. Segundo o magistrado, o modo de agir do acusado demonstra periculosidade e ousadia, o que torna necessária a prisão importante para garantia da ordem pública.
O juiz explicou que o suspeito ainda responde a processos criminais pela suposta prática de lesões corporais contra a mesma vítima. O atual processo foi encaminhado ao 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Ceilândia, onde irá prosseguir.
A reportagem entrou em contato com Thiago Caixeta, advogado de defesa de Kelsen, para se posicionar sobre a decisão judicial. Assim que o Correio tiver uma reposta, a matéria será atualizada.
Relembre o caso
Na madrugada da última segunda-feira (15/1), Diana Faria Lima, 37 anos, foi encontrada caída no banheiro de casa, na QNM 24 de Ceilândia Norte, com sinais de estrangulamento e várias lesões pelo corpo. O suspeito do assassinato é o companheiro dela, Kelsen Oliveira de Macedo, 42, que foi preso depois de se apresentar à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam 2), no final da tarde do mesmo dia.
Kelsen acionou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) por volta das 10h. Ele chegou a conversar com os militares, alegando que a companheira era dependente química e estava sob efeito de cocaína. Os militares encontraram a vítima com suspeita de traumatismo craniano, sangramento nos ouvidos e parada cardiorrespiratória.
Os socorristas tentaram reanimar Diana, mas a mulher não resistiu e morreu no local. Após ouvir dos bombeiros que a Polícia Militar seria acionada, Kelsen fugiu levando as chaves de casa e do carro. A delegada-chefe da unidade, Letizia Lourenço, detalha que enquanto Kelsen agredia Diana, os vizinhos ouviam, mas não entraram em contato com a Polícia Militar para registar a denúncia anônima. "Entenderam que esse fato ocorria com frequência e que nada acontecia", diz.
Letizia acrescenta que, segundo os moradores do prédio, Kelsen bateu o corpo da companheira contra a parede do banheiro. "Ela apresentava lesões antigas. Após o laudo é que a gente vai conseguir definir a verdadeira causa da morte", assegura a investigadora.
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