Os vizinhos de Diana Faria Lima, 37 anos, ouviram a briga entre ela e Kelsen Oliveira de Macedo, 42 anos, ex-companheiro que matou, em seguida, a mulher, na madrugada desta segunda-feira (15/1). No entanto, o grupo não acionou Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). É o que relata a delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher 2 (Deam 2), Letizia Lourenço.
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A investigadora detalha que Kelsen agrediu Diana durante a madrugada. "Os vizinhos ouviram, mas não entraram em contato com a polícia para que evitasse algo pior, justamente porque entenderam que esse fato ocorria com frequência e que nada acontecia", afirma Letizia.
A delegada-chefe da unidade chama a atenção para o registro de denúncia anônima, que podia ser determinante para salvar a vida de Diana. "É importante denunciar porque o dia que não fizeram a denúncia, a mulher morreu. A pessoa que liga no 197 ou em casos de emergência, vai permanecer em anonimato", orienta.
Letizia acrescenta que, segundo vizinhos, Kelsen bateu o corpo dela contra a parede do banheiro. "Ela apresentava lesões antigas. Após o laudo que a gente vai conseguir definir a verdadeira causa da morte", assegura a investigadora. A delegada confirmou que há mais de 10 ocorrências registradas envolvendo Diana e Kelsen. A última é de outubro de 2023.
Entenda o caso
Diana Faria Lima foi encontrada morta no chão do banheiro de casa, na manhã desta segunda-feira (15/1). O caso é tratado como feminicídio pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o autor do crime, identificado como Kelsen Oliveira de Macedo é considerado foragido.
O fato ocorreu por volta das 4h da madrugada, na QNM 24 de Ceilândia Norte. A polícia foi acionada por volta das 10h e, no local, as equipes encontraram a mulher, por nome de Diana Faria Lima, caída no chão do banheiro, com várias lesões no rosto. Aos policiais, Kelsen disse, antes de fugir, que a companheira era dependente química e estava sob efeito de cocaína.
Os militares do Corpo de Bombeiros estiveram no local com duas viaturas e uma aeronave. No local, encontraram a vítima com suspeita de traumatismo craniano, com sangramento nos ouvidos e parada cardiorrespiratória. Os socorristas tentaram reanimar Diana, mas a mulher não resistiu aos ferimentos e morreu.