FEMINICÍDIO

Jovem assassinada pelo ex trabalhava em salão no momento dos tiros

A jovem estava com a filha de 5 anos — fruto do relacionamento do casal — no salão, quando recebeu mensagens de um suposto cliente pedindo para marcar um horário. Segundo testemunhas, era o ex-marido

A jovem de 26 anos assassinada a tiros pelo ex-marido no Gama trabalhava no momento que foi atingida pelos disparos. Taynara Kellen era funcionária de um salão de beleza e especialista em alongamento de cílios. Na tarde desta quarta-feira (10/1), a jovem estava com a filha de 5 anos — fruto do relacionamento do casal — no salão, quando recebeu mensagens de um suposto cliente pedindo para marcar um horário. Segundo testemunhas, era o ex-marido, Wesly Denny da Silva.

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Material cedido ao Correio -
Arquivo pessoal/reprodução/PMDF -

Por mensagem, Wesly disse não encontrar o endereço do salão e pediu para que Taynara saísse até a porta. Por duas vezes, a mulher foi até à rua com a filha. Na terceira vez, ela saiu sozinha e foi surpreendida por Wesly a tiros.

Por duas vezes, Wesly disse não encontrar o endereço e mandou uma nova mensagem à ex. Na terceira vez que Taynara saiu do salão, o autor passou em um carro branco e efetuou ao menos nove disparos contra a mulher, que morreu na hora. “Ouvi o barulho na hora. Estava em casa, quando escutei vários pipocos. Achei até que era bombinha ou fogos, mas era tiro”, relatou Alessandra Rodrigues, moradora da região.

Segundo relato das funcionárias do salão, o casal teve um relacionamento de quase 10 anos e uma filha de 5 anos fruto do relacionamento. Há uma semana, Taynara decidiu dar fim ao casamento, mas recebia ameaças constantemente. Ainda de acordo com testemunhas, nesta quarta, uma das amigas de Taynara a orientou registrar boletim de ocorrência contra o ex na delegacia, mas a mulher disse que Wesly não teria coragem de tentar contra a vida dela.

Os militares do Corpo de Bombeiros (CBMDF) foram acionados para socorrer a mulher e constataram a morte no local. O caso é investigado pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama). Segundo o delegado à frente do caso, William Ricardo, o autor já foi identificado e é considerado procurado.

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