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Saúde mental dos policiais é prioridade, diz nova comandante-geral da PM

A coronel Ana Paula Barros, comandante-geral da PMDF, afirmou, em entrevista ao CB.Poder, que é necessária uma atenção especial aos policiais e sua primeira meta é cuidar da saúde mental deles

Comandante-geral da Polícia Militar (PMDF), coronel Ana Paula Barros, em entrevista ao CB.Poder -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Comandante-geral da Polícia Militar (PMDF), coronel Ana Paula Barros, em entrevista ao CB.Poder - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

A tragédia envolvendo policiais militares neste domingo (14/1) e como a saúde mental da tropa anda abalada foi debatida pela comandante-geral da Polícia Militar (PMDF), coronel Ana Paula Barros, no programa CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta segunda-feira. Às jornalistas Ana Maria Campos e Mila Ferreira, a oficial destacou a importância das mulheres nas forças de segurança devido ao acolhimento e ao lado humanizado.

De acordo com a coronel, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fará uma intervenção e uma mobilização para identificar policiais da unidade do Recanto das Emas que ficaram abalados pela tragédia, na qual um o sargento Paulo Pereira de Souza atirou na cabeça do colega Yago Monteiro Fidelis e, em seguida, tirou a própria vida. “Nessas próximas 72 horas, vamos identificar pontualmente e fazer um mapeamento para saber qual policial que precisa de um auxílio imediato”, disse.

"Isso (a tragédia de domingo) é um motivo para repensar os nossos atos e dias dentro da corporação. Na semana passada, quando assumi o cargo, informei que nosso primeiro plano e meta é cuidar do nosso policial. Às vezes, dá aquela frustração de pensar que não deu tempo de resolver essa situação. Nossa corporação está atenta. Inclusive, já existia uma reunião marcada para tratar sobre a saúde mental do nosso efetivo, pois ele está na frente e faz a entrega para sociedade", completou a comandante-geral da PMDF.

Sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, ela afirmou que a forma como a PMDF foi pressionada deixou a tropa abalada psicologicamente. “Foi bastante traumático e algo inédito, um ano extremamente atípico, e o policial se sentiu inseguro. Após esse momento, veio sempre em minha mente junto com o comando que precisávamos dessa atenção especial para retomar e fortalecer a nossa polícia, que não deixou de ser uma das melhores do Brasil”, enfatizou.

Ana Paula ressaltou ainda como as mulheres na PM podem ajudar a ter uma atenção voltada para o combate aos feminicídios no DF. “Acho que eu sendo mulher, e sabendo o que ela pode passar, talvez seja inspiração para essas que são submetidas a covardes agressores. Mas sabemos que essa é uma situação sobre a qual, às vezes, não temos controle. Não é uma situação apenas policial, envolve várias searas”, finalizou.

*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

Veja a entrevista na íntegra

 

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postado em 15/01/2024 19:42 / atualizado em 15/01/2024 19:44
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