Diante do aumento de casos de dengue no último mês, no Distrito Federal, a governadora em exercício, Celina Leão, reconhece que a capital passa por uma epidemia da doença. “Tivemos um crescimento epidemiológico muito grande. Essa cepa veio muito forte. Há uma epidemia mesmo. E que todos nós possamos colaborar, pois nunca tivemos tanta chuva como estamos tendo no começo desse ano”, afirmou a chefe do Executivo local durante agenda oficial desta sexta-feira (12/1), no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
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Segundo dados da Secretaria de Saúde (SES), 94% dos focos do mosquito estão dentro da casa das pessoas. Segundo ela, o GDF fez uma reunião na manhã desta sexta-feira (12/1), no Palácio do Buriti, com os administradores regionais para tratar do tema.
“Estou aproveitando a oportunidade para pedir ajuda da população. A cepa veio muito mais violenta. Estamos enfrentando essa crise de frente com todos nossos administradores, hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, assegura.
A governadora em exercício adiantou que as unidades básicas de saúde tipo 2 foram determinadas pela Secretaria de Saúde a oferecer 40% da mão de obra a serviço da população para fazer tipologia. “Então, qualquer sintoma, vá para essa unidade tipo 2 que a pessoa vai conseguir fazer a sorologia para ver se está com dengue ou não e ser hidratado”, afirma.
As UBSs tipo 2 são aquelas unidades com duas equipes de atenção básica, contendo um número de profissionais compatível, com, no mínimo, duas equipes de atenção básica. Confira aqui a lista das UBSs nessa situação.
Celina Leão faz um apelo à população para que faça o descarte de lixo correto e evite deixar poças d'água à mostra, que é foco do mosquito da dengue. “É limpar os lotes, porque as administrações vão começar a multar os lotes sujos. O mosquito escolhe qualquer um que acumule o lixo e deixe o foco na sua casa”, completa a governadora do DF em exercício.
Especialista alerta para risco pandêmico
Em entrevista ao programa CB.Saúde desta quinta-feira (11/1), — parceria entre Correio e TV Brasília —, o infectologista André Bon admitiu à jornalista Carmen Souza que o DF enfrenta um indício de risco pandêmico. Ele destacou que, no mês passado, somente na emergência de um hospital brasiliense houve 570 casos, uma média de 19 internações por dia. Nos primeiros nove dias de 2024, o total foi de 370 na unidade de saúde.
André acrescentou que, em breve, uma vacina será disponibilizada pelo sistema público nacional, mas ponderou que o imunizante terá restrições de quantidade e de grupo a ser priorizado. O médico ainda alertou sobre a atenção que a população deve ter contra a dengue, pois pode dar a impressão equivocada a alguns de ser algo menos grave do que realmente é.
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