O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quinta-feira (11/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra Brasília na liderança de variações de preços entre as 16 cidades e regiões metropolitanas avaliadas. Na capital federal, o índice foi de 5,50% no acumulado do ano passado.
O IPCA é calculado com base no consumo das famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos. Para isso, são avaliados os preços médios de um conjunto de bens de consumo e serviços num país, comparando com períodos anteriores.
Em Brasília, os setores que puxaram o IPCA para cima, segundo o IBGE, foram passagens aéreas (93,57%), plano de saúde (11,79%) e gasolina (9,44%). Embora tenha sido a cidade com maior variação de preços no IPCA 2023, o resultado foi menor do que a variação de preços na capital federal em 2022. Àquele ano, o IPCA acumulado foi de 6,6%.
Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Vitória, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
A segunda cidade com maior variação no IPCA 2023 foi a Grande Vitória. A região metropolitana da capital do Espírito Santo registro um Índice de Preços ao Consumidor Amplo de 5,10% no acumulado do ano passado. O menor resultado, por sua vez, ocorreu em São Luís (1,70%), puxado para baixo pelas quedas de 13,52% nos preços das carnes e de 15,40% no gás de botijão.
- IPCA 2023: os 10 itens com maior alta e maior queda de preços no Brasil
- IPCA sobe 0,56% em dezembro e fecha 2023 em 4,62%, abaixo do teto da meta
IPCA do Brasil
Ao todo, o índice de Preços ao Consumidor Amplo do Brasil foi de 4,62%. Essa foi a primeira vez em dois anos que o IPCA fecha dentro da meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25% no ano passado, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — entre 1,75% e 4,75%.
Entre os produtos, o morango é o subitem com maior alta em relação a 2022. O valor da fruta subiu, em média, 75,56%. Isso significa que, em situação hipotética, se uma caixa de morangos custava R$ 10 em 2022, no ano passado essas frutas sairiam por R$ 17,56.
O pepino (54,43%) ficou em segundo lugar na lista de maiores variações para cima dos preços em 2023. Em terceiro foram as passagens aéreas (47,24%) e em quarto, a abobrinha (44,91%). Gerente da pesquisa, André Almeida, atribuiu a variação a uma sazonalidade climática.
“O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, explicou.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br