A proprietária de uma loja de roupas na Estrutural comprava mercadoria de uma organização criminosa especialista no furto de vestuários em grandes lojas de departamentos. A quadrilha foi desarticulada pela 8ª Delegacia de Polícia durante a operação Desfaçatez, que ocorreu em 5 de janeiro. O grupo formado por pelo menos quatro mulheres e três homens viajavam para capitais e cidades do interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás para praticarem os crimes.
No momento da ação policial foi preso em flagrante a suposta líder da organização, além de outra mulher e um homem. Porém, uma das suspeitas conseguiu fugir do local. Foram apreendidas por volta de 520 peças de roupas que foram avaliadas em torno de R$ 50 mil, e teriam sido roubadas na última viagem da quadrilha a São Paulo capital, Araraquara, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.
Dando continuidade a operação, em 6 de janeiro, foi presa a dona da loja de roupas da Estrutural, que é apontada como a principal compradora das peças furtadas. Na loja, os agentes apreenderam mais de 125 roupas, avaliadas entre R$ 8 mil a R$10 mil. A mulher disse às autoridades que comprava roupas da quadrilha há pelo menos dois anos e que os acusados realizavam viagens quase todas as semanas.
As transações financeiras entre a receptora e o líder da organização criminosa giravam em torno de R$ 8 mil a R$ 10 mil por semana, via pix. No momento, também eram retirados os alarmes das peças e as etiquetas com um aparelho próprio para isso. A polícia estima que de 7 de fevereiro de 2023 a 5 de janeiro de 2024 a proprietária da loja de roupas da Estrutural tenha realizado 90 pagamentos à quadrilha, totalizando a quantia de R$ 221.767,00. Levando em consideração que a comerciante pagava de 20% a 30% do valor da peça, as diligências estimam que nesse período os furtos possam ter causado um prejuízo entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhões às lojas.
Vídeo mostra uma das suspeitas furtando peças de roupa:
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