A ameaça de enforcar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na Praça dos Três Poderes, revelada pelo magistrado em entrevista ao jornal O Globo, não chegou ao conhecimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF).
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Integrantes que cuidaram da produção do relatório, ao lado do deputado distrital Hermeto (MDB), relataram à reportagem que a informação grave exposta pelo ministro ao jornal não chegou ao âmbito da CPI. O caso sequer foi citado no relatório de 444 páginas, que imputou crimes a financiadores, a presos do 8/1 e a autoridades.
Os integrantes acreditam que a informação chegou a Moraes logo após o encontro do ministro com os distritais, em março do ano passado, e por isso não foi externada pelo magistrado aos parlamentares. A Polícia Federal investiga o caso.
Ameaças
As ameaças foram reveladas por Moraes em entrevista ao jornal O Globo. O ministro contou que os golpistas que participaram dos atos em 8 de janeiro de 2023 pretendiam prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes. Segundo ele, os golpistas desenvolveram três planos com diferentes desfechos.
O primeiro deles previa que as Forças Especiais do Exército prendessem Moraes em um domingo e o levassem para Goiânia. O segundo plano previa que o corpo do ministro seria abandonado no caminho para Goiânia. “Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, contou o ministro.
O outro plano era de idealização de participantes dos atos mais "exaltados" e previa a prisão de Moraes seguida de seu enforcamento na Praça dos Três Poderes. “Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, disse Moraes, que não estava no Brasil em 8 de janeiro.
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