Em meio à onda de casos de feminicídio, integrantes do Levante Feminista promoveram um manifesto na Rodoviária do Plano Piloto na tarde de ontem. O objetivo é chamar a atenção do público quanto à necessidade de denunciar situações de violência doméstica e conscientizar a população sobre esse tipo de crime. Com cartazes, as mulheres ocuparam as escadas do terminal e a faixa de pedestre que dá acesso ao Conjunto Nacional.
Atos como esse também são formas de chamar a atenção das autoridades para a implementação de políticas públicas. É o que afirma Vilmara Pereira, uma das líderes do movimento e conselheira dos direitos das mulheres. “Tivemos um total de 34 feminicídios este ano e fizemos esse protesto próximo do fim do ano para demonstrarmos o quão é assustador esse dado. Este ato tem o objetivo de cobrar. Um dos eixos que o governo precisa implementar é o processo educativo em relação aos homens agressores. Só a prisão ou afastamento não são suficientes. Ele é tomado por um sentimento de vingança e comete o feminicídio. Então, necessita-se de núcleos educativos”, afirmou.
A ativista Rita Andrade pontua a necessidade do acolhimento da mulher em situação de violência doméstica. “Não são casos isolados, mas um problema social. O feminicídio é um crime anunciado, em que a mulher vem sofrendo diversos tipos de violência antes de ser morta. Essa política de medida protetiva precisa ser revista, porque essas vítimas estão morrendo com o papel da medida no bolso”, alerta.
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