A previsão para este Natal é de que as vendas no comércio devem crescer em 0,7% comparadas a dezembro de 2022, revela o levantamento do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF). Na euforia de ir às compras, os consumidores devem estar em alerta para não cair em ciladas. Para isso, o Correio elencou algumas dicas para evitar que os clientes sejam vítimas de golpes nesta época do ano.
Em dezembro do ano passado, as vendas aumentaram em 4,7% em relação ao ano anterior. Este ano, a porcentagem deve ficar em 5,4%, estima o sindicato. É justamente neste aumento que o consumidor deve manter o cuidado redobrado. O Correio conversou com o economista Ciro de Avelar e o especialista deu orientações importantes aos clientes sobre o que fazer e o que não fazer neste período.
Escolheu o presente, a regra é comparar o preço com outras lojas. O economista alerta: cuidado com as promoções irresistíveis. "O consumidor tem que ter um parâmetro para saber se o produto está mais caro ou barato. O ideal é comprar em locais de confiança. Na internet não deve ser diferente", ressalta. Golpistas costumam apostar em sites falsos muito parecidos com os sites de grandes empresas para enganar pessoas. Geralmente, usam até a mesma logomarca e endereço. Uma cilada para quem não está atento.
A maneira como vai pagar também deve ser redobrada de cuidados. O economista diz que passar as compras no cartão de crédito exige muita cautela, principalmente nas lojas físicas. Em caso de o cartão não passar na primeira ou segunda vez, o ideal é não repetir a transação. "Até se for no cartão de débito é necessário desconfiar. Há, ainda, muitas clonagens. Se for pagar via Pix, não tenha vergonha em pedir desconto. Apesar da inflação de 5%, temos custos operacionais que são embutidos no preço final do produto para o consumidor", explica. No caso do Pix, ao fazer o envio, é preciso que o cliente pergunte o nome do destinatário e o banco recebedor, para evitar que seja enviado para a pessoa errada.
Aluguel
Neste período do fim do ano, os aeroportos lotam. São muitos passageiros saindo da capital para comemorar as festas em outro estado ou país. É comum grupos de familiares ou amigos alugarem casas, apartamentos e até salões de festas nessas viagens. Tudo isso para prezar pelo conforto e garantir uma boa diversão. Mas é preciso cuidado, alerta a delegada Isabel Dávila Lopes, chefe da Diretoria da Divisão de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf). A investigadora explica que, se a pessoa pretende fechar um aluguel para a temporada, é preciso certificar-se de que está fazendo o negócio com o próprio dono do imóvel.
"Desconfie de preços muito atrativos, peça para a pessoa fazer um vídeo e mandar outras fotos do imóvel, procure a localização da casa em aplicativos de mapas e busque referências de amigos. Se possível, o indicado é visitar o local", diz.
A delegada também dá dicas para quem deseja fazer as compras de Natal pela internet. A primeira coisa é desconfiar das ofertas imperdíveis. Orientação quase obrigatória é desconfiar se a plataforma de vendas só tem comentários positivos. Para isso, procure os feedbacks em sites de reclamação.
É comum nessa época do ano a doação de cestas natalinas e outros itens para instituições de caridade. Até com isso é preciso ficar atento. "São aquelas campanhas on-line para arrecadar dinheiro e ajudar pessoas doentes, em zonas de guerra, vítimas de desastres etc. É preciso verificar a autenticidade da organização, projeto ou instituição antes de transferir dinheiro e, assim, garantir que você está ajudando quem pensa que está. Visite diretamente os sites oficiais de organizações para as quais deseja realizar doações em vez de responder a pedidos de doações por e-mail, links, vídeos ou anúncios em redes sociais", orienta Isabel.
Estimativa
O Sindivarejista-DF fez um levantamento de vendas para este fim de ano. Os lojistas de shoppings e de rua consideram que o comércio está sentindo os efeitos do aumento no 13º salário que, após injetar na economia do DF R$ 8,5 bilhões no Natal passado, agora colocará mais de R$ 8,8 bilhões, segundo o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O economista Ciro de Avelar ressaltou que, apesar de o comércio ser positivo este ano, ainda há incerteza por parte do consumidor, principalmente pela alta do preço. "Mesmo com a inflação caindo, os preços não acompanharam essa queda. Em tese, deve ter um fôlego, mas o varejo tem demonstrado muita dificuldade", finaliza.
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