ONDA DE CALOR

Temperaturas podem passar de 35°C no fim de semana em Brasília

Brasilienses buscam refúgio em tradicionais áreas de lazer ao ar livre. Quem enfrenta o calorão dá dicas sobre cuidados com a saúde

Marcado pelos recordes de temperatura, o ano de 2023 se aproxima do fim com a chegada de uma nova onda de calor. Ao todo, foram nove ocorrências desse fenômeno nos últimos doze meses, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No Distrito Federal, a onda de calor, que começou na quarta-feira, poderá desencadear temperaturas acima de 35ºC no fim de semana, alta de 7°C em relação a média climatológica de dezembro.

A presença de uma massa de ar quente e seca no centro-sul do país fez o Inmet emitir um alerta de nível laranja. Para a próxima segunda-feira, a previsão é de formação de nebulosidade, e chuva com risco de trovoadas e rajadas de vento.

O alerta de perigo emitido pelo instituto não afugenta os visitantes do lazer ao ar livre, que servem como um refúgio do calorão. 

Jerônimo Santoro, 60 anos, tem um comércio de refrescos no Parque da Cidade há quatro anos. Ele se entusiasma com o calor que rende alta nas vendas de água de coco, mas percebe que as altas temperaturas atrapalham sua prática de corrida. "Quem tem um pouco mais de idade fica com a respiração abalada. Eu corro no parque e tenho que mudar o horário habitual, porque entre o meio-dia e uma hora da tarde não dá", afirma. 

Durante as ondas de calor, o Inmet recomenda que as pessoas redobrem a ingestão de água e de sucos naturais. Também devem evitar ficarem expostas por longos períodos ao sol e praticarem atividades entre as 10h e às 16h. 

Kayo Magalhães/CB/D.A Press - Jerônimo Santoro comemora o aumento na venda de água de coco

Precauções

Mas nem todos se resguardam do sol. Não muito longe dali, nas quadras de areia, pessoas em traje de banho se bronzeiam e praticam esportes. É o caso da atleta profissional de futevôlei Lana Miranda, 41. Apaixonada por Brasília, que ela chama de "capital do esporte", a adaptação ao calor faz parte do preparo físico do dia a dia. Esportista há 27 anos, treina nos horários de pico das temperaturas, e enumera os cuidados que toma. 

"Passo protetor solar fator 50 e retoco nas pausas dos treinos. Ás vezes, passo até Hipoglós no rosto para me proteger. Principalmente nessas ondas de calor, trago frutas para comer, e corto um pouco a ingestão de carne vermelha para o corpo reagir melhor. Como mais verduras, proteínas vegetais, frango e peixe", enfatiza. 

Apesar dos bons hábitos da atleta, Diego Miranda, 39, irmão e preparador físico de Lana, faz um alerta. "Para quem não é atleta profissional, isso não é indicado. Para quem não tem o costume de praticar exercício no calor, a chance de passar mal já aumenta, a fadiga, o mal-estar…", 

Em ritmo de férias, Marcelo Assis, 24, aproveita para dar um mergulho no Lago Paranoá nos intervalos do trabalho. Ele pilota um catamarã de passeios e acompanha a movimentação de turistas. "Geralmente, o pessoal lá de Samambaia, Ceilândia e Taguatinga liga para mim perguntando do clima. Se estiver legal, descem para cá e escolhem um barco ou prancha para passar o dia", comenta.

 

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Kayo Magalhães/CB/D.A Press - 14/12/2023 Crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Volta da onda de calor. Na foto, Marcelo Assis, instrutor de caiaque na Orla do Lago Paranoá.
Kayo Magalhães/CB/D.A Press - 14/12/2023 Crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Volta da onda de calor. Parque da Cidade.
Kayo Magalhães/CB/D.A Press - 14/12/2023 Crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Volta da onda de calor. Orla do Lago Paranoá.
Kayo Magalhães/CB/D.A Press - Jerônimo Santoro comemora o aumento na venda de água de coco