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A artesã Francy Gomes, 62 anos, tem o costume de comprar primeiro os ornamentos de Natal para decorar a casa, para depois ir atrás dos presentes. Ela achou os preços mais caros este ano, em comparação com o ano passado, mas nem por isso vai deixar de presentear família e amigos. "O mais importante é o da minha neta, neste eu não economizo. Comprei uma bicicleta para dar a ela esse ano. Além disso, tem marido, filho, genro, neta, amigos. Todo mundo vai ganhar presente, mas só depois que eu comprar os enfeites de Natal", adiantou.
O levantamento da Fecomércio mostra que consumidores e lojistas estão otimistas para a data comemorativa. As vendas devem crescer em média 23,9% em relação a 2022. Os dados mostram ainda que 82,4% dos lojistas entrevistados têm expectativas de vender mais do que no Natal de 2022. Outros 17,6% possuem expectativas iguais, e nenhum dos lojistas entrevistados espera vendas menores.
O presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido da Costa Freire, afirmou que, em 2023, foi registrado o maior índice de otimismo entre os lojistas na série histórica dos últimos sete anos. "Este ano, provavelmente, será o melhor Natal para o comércio desde a pandemia. Na nossa avaliação, esse otimismo está ligado à inflação controlada, ao aumento do nível de emprego no DF, aos reajustes salariais concedidos aos setores público e privado e às consecutivas quedas da taxa Selic", ressaltou.
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Doações
No orçamento de fim de ano do advogado Ribamar da Silva, 63, ele prevê sempre a compra de brinquedos para doação a crianças carentes de instituições que ele ajuda, além dos presentes para a família. "Por ano, eu contribuo comprando presentes para 10 crianças em média, mas antes eu pesquiso bem os preços. Como são muitos presentes, procuro me planejar bem para poder presentear as crianças e também os meus familiares. Neste ano, está tudo mais caro. Eu vou pesquisar melhor para achar presentes mais em conta", contou.
A cabeleireira Vânia de Morais, 51, foi ao shopping ontem para pesquisar preços de presente. Neste ano, a família dela resolveu fazer um amigo oculto pois, desta forma, todos recebem presentes e cada um precisa comprar apenas um item. "Ainda não comprei nada, estou achando tudo caro. Mas vou pesquisar bem e encontrar um bom presente", comentou.
O casal Kleber e Letícia Olímpio são proprietários de uma rede de lojas de semijoias e estão otimistas para o fim de ano. "Nós procuramos vender produtos de boa qualidade com preços mais acessíveis, temos peças boas por menos de R$ 100. Todo mundo quer dar um presente, ou pelo menos uma lembrança a quem ama no Natal. Essa é a data comemorativa em que mais vendemos, porque além de tudo ainda tem amigo oculto na família, no trabalho etc. Ano passado teve Copa do Mundo no fim do ano e a posse presidencial, o que trouxe bastante gente para Brasília e elevou as vendas. Neste ano, esperamos boas vendas também, mas não sei se serão tão boas quanto o ano passado. Torcemos para que sejam", destacou.