Neste mês, Brasília recebe o HIVIDA, projeto liderado pelo Programa das Nações Unidas voltado para o HIV/Aids (UNAIDS) e com o objetivo de promover os direitos humanos, combater o estigma e a discriminação associadas ao HIV e à aids. O evento ocorre no Espaço Cultural Renato Russo e vai até domingo (10/12). Entre as atrações previstas estão o Cinema Mostra AIDS, homenagem a Cazuza 65 anos e a exposição fotográfica A potência em imagens. Haverá também rodas de conversas e workshop.
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Diretora e representante do UNAIDS no Brasil, Claudia Velasquez comenta que serão dias de programações diversas e intensas, incluindo atrações culturais. “Isso é para sensibilizar a população e as autoridades sobre as lacunas que ainda persistem no combate à discriminação que limita e impede o acesso aos serviços de resposta ao HIV”, destaca.
Cinema
O Cinema Mostra AIDS apresentará filmes premiados sobre HIV e aids entre esta quinta-feira (7/11) e sábado (9/11), das 18h às 23h. A iniciativa visa abordar a temática da doença e fomentar o debate por meio de produção cinematográfica e audiovisual, tanto no Brasil, quanto no mundo. Em Brasília, serão apresentados 14 títulos, incluindo longas, médias e curtas-metragens. Os filmes revelam diversas facetas dos desafios contemporâneos e da realidade brasileira no enfrentamento dessa pandemia, destacando a relevância da questão para a saúde coletiva, a sociedade e a vida das pessoas.
No sábado (9/11), será lançado o curta-metragem Poder falar, de Evandro Manchini. Essa é uma autoficção que aborda a trajetória de um jovem cineasta ao lidar com a complexidade de receber um diagnóstico reagente para o HIV no dia em que faz aniversário. O filme traz à tona informações, reflexões, símbolos e personagens importantes na luta pela dignidade da vida.
Cazuza
Também no dia (9/11), a partir das 17h, o jornalista, ativista e poeta Ramon Nunes Mello faz uma leitura de poemas do livro Há um mar no fundo de cada sonho (2016), no qual aborda sua própria vivência com HIV. O ativista também prestará uma homenagem a Cazuza, que faria 65 anos, lendo poemas e canções do artista. “Cazuza, antes de tudo, foi um grande poeta. Um poeta da canção, das esquinas, marginal. Deixou uma obra imensa, não só na MPB, mas na literatura brasileira. Além de sua arte, deixou, sobretudo, um legado de coragem e honestidade. Foi um homem de seu tempo, que tem a voz reverberada em nosso tempo. Foi o primeiro artista nacional a falar abertamente da aids, mesmo em meio a tanto preconceito”, descreve.
Força e potência
A exposição Potência em imagens apresenta o trabalho do fotógrafo norte-americano Sean Black, que captura a força e a autenticidade de um grupo de travestis e mulheres trans residentes da Casa Florescer — centro de acolhimento em São Paulo. Sean lembra que a beleza é subjetiva e que evolui através das culturas e ao longo do tempo. “Garantir que as mulheres retratadas pudessem expressar suas próprias visões de beleza foi uma maneira poderosa de apoiar o fortalecimento de suas identidades”, explica.
Data: Até 10/12
Local: Espaço Cultural Renato Russo – Comércio Residencial Sul 508 Bloco A, na Asa Sul
Inscrições para rodas e workshops: https://unaids.org.br/hivida/
Programação: 01 a 10/12 – Mostra A Potência em Imagens
Quinta-feira (7/12) a sábado (9/12), das 19h às 22h – Cinema Mostra Aids
Sábado (9/12), das 15h às 16h – Lançamento do curta-metragem Poder Falar,
Sábado (9/12), das 17h às 19h – Homenagem a Cazuza (65 anos)