Estelionato

Preso mais um integrante da organização criminosa de Pastor Osório

Mesmo proibido de utilizar as redes sociais, Ancelmo Ramos dos Santos continuou fazendo publicações na página da falsa instituição financeira pela qual aplicava golpes. Ele foi preso na tarde desta sexta-feira (1/12) pela PCDF

O Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), prendeu, na tarde desta sexta-feira (1/12), mais um integrante da organização criminosa liderada por Osório José Lopes Júnior, conhecido como Pastor Osório.

De acordo com a PCDF, , Ancelmo Ramos dos Santos vinha atuando com empresa de fachada, localizado em um shopping da área central de Taguatinga, que funcionaria como um falso banco digital, convencendo as vítimas a investirem quantias em dinheiro com promessa de retornos de quantias exorbitantes, que seriam pagas por meio do falso banco.

O suspeito utilizava principalmente a internet como ferramenta para aplicar os golpes. De acordo com a investigação, era por meio de conversas enganosas em redes sociais, abusando da fé alheia, da crença religiosa e uma teoria conspiratória apelidada de “Nesara Gesara”, que o investigado e seus comparsas convencem as vítimas, em sua grande maioria evangélicas.

Uma das vítimas, uma idosa, chegou a “investir” R$ 5 mil com a falsa promessa de que receberia da falsa instituição financeira o crédito no valor de R$5.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 (cinco nonilhões de reais), de acordo com o falso contrato entregue a ela.

Para efeito de comparação, o Produto Interno Bruto (PIB) Global, que representa a soma de todas as riquezas geradas por todos os países do planeta, foi de 101,6 trilhões de dólares, valor bilhões de vezes menor do que o que foi prometido para a vítima.

Falso profeta

Na segunda fase da operação policial denominada Falso Profeta, ocorrida em setembro deste ano, o suspeito foi alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua casa e nos endereços de fachada das suas empresas em Taguatinga e Atibaia (SP).

Ele estava proibido de realizar quaisquer tipos de postagens, pessoalmente ou por interposta pessoa, em páginas na internet e perfis nas redes e mídias sociais. No entanto, de acordo com a Polícia Civil, o suspeito descumpriu a ordem judicial com reiteradas postagens em redes sociais, tanto na página do falso banco quanto na de outros investigados, acarretando a expedição do mandado de prisão preventiva pelo Poder Judiciário do DF.

O suspeito é investigado pelos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio de redes sociais (fraude eletrônica). O procurado foi encaminhado à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça.

Em setembro, o homem conhecido como Pastor Osório, líder da organização criminosa, foi preso na zona rural de Gurupi (TO). O estelionatário foi recambiado para o Distrito Federal no mês seguinte.

 

 

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