Na manhã desta quarta-feira (20), o Ministério Público realizou uma vistoria técnica às obras de reforma do Teatro Nacional Cláudio Santoro. O secretário de Estado de Cultura, Cláudio Abrantes, recebeu o promotor de Justiça José Eduardo Sabo, e o Diretor-Presidente da Novacap Fernando Leite.
Interditado desde 2014 por inadequação estrutural, o Teatro Nacional começou a ser reformado em janeiro de 2023. A primeira etapa da obra, que compreende a restauração da Sala Martins Penna, foi orçada em R$ 49,7 milhões e atingiu 40% de execução.
Na visão do promotor, as obras “vão a contento” com o cumprimento do cronograma financeiro. Já a segunda etapa da reforma depende de tratativas com o Governo Federal. “O que podemos esperar para o futuro é uma parceria, já anunciada, com o poder público Federal para que a principal sala, que é o teatro Villa Lobos, seja efetivamente restaurada. Deve haver parcerias para que os recursos sejam, digamos, compartilhados, entre o GDF e a própria União, em razão do caráter dessa obra”, declara Sabo.
O secretário de Estado de Cultura, Cláudio Abrantes, afirma que o Teatro Nacional, está previsto para ser completamente inaugurado até o final dos mandatos do governo Lula e Ibaneis Rocha.
O Ministério Público e a Procuradoria-Geral da União têm acompanhado, nos últimos dois anos, a obra de restauração do Teatro Nacional. A maior parte do investimento se refere à adaptação da planta original aos padrões atuais de segurança e acessibilidade, além da instalação de ventilação, e instalações hidráulicas e elétricas. O restauro visa, sobretudo, manter as características originais do teatro.
“É um projeto arquitetônico e estrutural que está sendo conhecido com profundidade agora”, destaca o promotor. “Sendo da década de 1960, o projeto fez com que os engenheiros e os arquitetos encontrassem muitas situações diferenciadas em relação à estrutura, fazendo com que a parceria entre a Secretaria de Obras e Infraestrutura, a Novacap e, necessariamente, a Iphan, seja primordial”, convoca.
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Sabo afirma que a prioridade da Secretaria de Cultura e do GDF é abrir a Sala Martins Pena à população, assim que for entregue. Para as demais salas, VIlla-Lobos e Alberto Nepomuceno, ainda não há cronograma de entrega. “Ainda não foi apresentado em razão da necessidade de ter os recursos e de realizar os procedimentos, inclusive licitatórios, para fazer a execução desses projetos”, explica o promotor.
Abrantes acredita que com o andar da obra e a futura entrega dos espaços, poderão ser abertos editais de pautas para a ocupação do teatro. “Nesse primeiro momento, com a abertura da Martins Penna, ela será o grande foco, onde deveremos ter das mais diversas manifestações artísticas”, diz o secretário. “Acredito que com o andar da obra e a futura entrega da Vila Lobos, podemos, inclusive, ter uma separação do tamanho dos espetáculos, das linguagens artísticas, porque cada uma tem uma característica mais específica para uma área”, enfatiza.