Investigação

Com tornozeleira eletrônica, Peralva avisa a juiz que vai viajar e deixar o DF

Ex-chefe de delegacia da Ceilândia é monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele foi afastado das funções após ser alvo de uma operação do MP. Ele é réu por perseguir a ex-namorada do ex-chefe da PCDF Robson Cândido

Ex-chefe de delegacia da Ceilândia vai deixar o DF para uma viagem -  (crédito:  Minervino Junior/CB/DA Press)
Ex-chefe de delegacia da Ceilândia vai deixar o DF para uma viagem - (crédito: Minervino Junior/CB/DA Press)
postado em 18/12/2023 21:37

O delegado Thiago Peralva, alvo de investigações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por perseguir a ex-namorada do ex-delegado-chefe da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido, comunicou à Justiça que vai viajar e deixará o Distrito Federal.

O ex-chefe da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) sondou e pediu a permissão do juiz do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Águas Claras para deixar a capital federal. Em resposta, o juiz Frederico Ernesto salientou que, quando determinou que Peralva utilizasse tornozeleira eletrônica, não proibiu que o investigado deixasse o DF.

Mesmo assim, o magistrado oficializou a viagem de Peralva ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF). O delegado deverá cumprir algumas medidas, para que a tornozeleira eletrônica não seja danificada no período em que ele estiver fora de Brasília.

Réu

Além de Robson Cândido, que é réu por uma série de crimes cometidos contra a ex-namorada, Peralva responde por stalking, corrupção passiva e interceptação telemática ilegal. Em uma nova denúncia apresentada pelo MP e que ainda não foi apreciada pela Justiça, os promotores querem que o ex-chefe da 19ª DP vire réu pelo uso indevido do sistema VIGIA, da PCDF.

Segundo as investigações, entre 26 de setembro e 31 de outubro, Peralva utilizou por, no mínimo, 58 vezes o sistema VIGIA para espionar a namorada do ex-chefe. O monitoramento ilegal de um software, que vale R$ 1,3 milhão, ocorreu antes e após o pedido de exoneração de Robson Cândido do cargo, em 4 de outubro.

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