CLDF

Deputados começam votar concessão da Rodoviária do Plano Piloto

Discussão, troca de farpas e gritos dentro do plenário e na galeria atrasaram a votação do projeto, que teve início na noite desta terça-feira (12/12)

Nas galerias, manifestantes, permissionários e assessores parlamentares de deputados de oposição lançavam gritos contra o presidente da CLDF. -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Nas galerias, manifestantes, permissionários e assessores parlamentares de deputados de oposição lançavam gritos contra o presidente da CLDF. - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 12/12/2023 21:00

Após muitas discussão, troca de farpas e gritos dentro do plenário e da galeria, a Câmara Legislativa (CLDF) começou a votar, na noite desta terça-feira (12/12), a concessão da Rodoviária do Plano Piloto por 20 anos.

A primeira comissão a ter o voto proferido foi a de Transporte e Mobilidade e Urbana (CTMU). O relator do Projeto de Lei 2.260/21, deputado distrital Fábio Felix (PSol) tentou ler todo o relatório, mas seu tempo foi limitado, primeiro a 15 minutos, 17, 20, até o limite de 23,30 minutos". Sob discussões com o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB). A votação da CTMU foi suspensa e os distritais passaram a deliberar o relatório da Comissão de Transparência.

No relatório da presidente da Comissão de Transparência, Paula Belmonte (Cidadania), foram feitos questionamentos sobre os gastos do governo com os pagamentos de aluguéis e da taxa de acostagem. Entretanto, os questionamentos não foram respondidos. A base governista aprovou o relatório por 16 a 6.

Em seguida, a presidência da Casa retornou à votação da CTMU. Com os ânimos mais calmos, o relatório de Fábio Felix foi concluído, e os distritais passaram a debater a proposta de análise.

Contradições

Antes da votação, a deputada Paula Belmonte voltou a questionar a falta de informações, especialmente sobre quem será o responsável pelo pagamento da taxa de acostagem. O líder do governo, Robério Negreiros (PSD), disse que seriam as empresas as responsáveis, porém o projeto apresentado pelo secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Flávio Murilo Prates, mostrava que o governo seria o responsável pelos mais de R$ 10 milhões.

A contradição levou a protesto dos contrários a concessão e o recuo de Negreiros. "O que eu disse é que as empresas é que pagariam. Sairia da tarifa técnica", destacou o distrital.

Deputados oposicionistas protestaram. "Presidente, esse projeto não tem como ser votado hoje. Isso é um fato novo. Esse dinheiro acabará saindo do nosso bolso. Hoje a Marechal nem saiu da garagem por falta de combustível. Como vão conseguir fiscalizar isso", afirmou Gabriel Magno (PT).

O gasto para as empresas de ônibus não está previsto no atual contrato com o GDF firmado no governo de Agnelo Queiroz (PT). O relatório da CTMU foi rejeitado por 15 a 7. A matéria também foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e segue para a votação final.

Gritos

Nas galerias, manifestantes, permissionários e assessores parlamentares de deputados de oposição lançavam gritos contra o presidente Wellington Luiz. O emedebista ameaçou a retirada das pessoas da galeria e passou a ser chamado de "autoritário", pela atitude e por cessar a palavra de distritais contrários a proposta.

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