Chegou ao fim, nesta segunda-feira (11/12), a disputa judicial com o plano de saúde Unimed, que impedia que o jornalista e radialista José Renato Penna Esteves Júnior, de 65 anos, fizesse uma cirurgia para troca de válvula no coração. Ele está há 15 dias internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) à espera do procedimento.
Segundo a esposa de José, a paisagista Vanessa Massaud, 46, a sensação agora é de alivio. “Estava no quarto com ele quando soubemos e fizemos a festa, porque foi muito tempo tentando, é um alívio, agora quero ver ele em casa se recuperando”, relata. Ainda de acordo com ela, ainda não há uma data marcada para o procedimento, mas a perspectiva é que seja em breve. ”No sistema do hospital já aparece como autorizado, sendo que antes aparecia negado”, afirma.
O caso
O radialista tem causa ganha em primeira e segunda instância no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), mas a empresa não havia bancado a cirurgia. A Corte impôs uma multa diária de R$ 500 em novembro e uma de R$ 1 mil em dezembro.
Em 2015, José fez uma cirurgia de revascularização. Na época, o cardiologista pediu outro procedimento, mas que fosse feito com uso de catéter por ser mais seguro. "Ele vinha tendo sintomas, como falta de ar, muito cansaço para fazer atividades básicas como caminhar. Ele tinha dor no peito também. Saía do banho e parecia que tinha corrido uma maratona", diz a esposa, Vanessa.
Vanessa detalha que a Unimed autorizou o uso de todos os materiais, mas negou o procedimento da troca da válvula porque o hospital particular onde José está internado não é credenciado para realizar essa cirurgia e nem credenciado para internação.
“Mas o meu marido está internado por autorização do plano de saúde. A gente questiona isso, e o pessoal da Unimed diz que essa negativa é um erro do sistema, pois a cirurgia está autorizada. Mas no sistema do hospital com a Unimed aparece o procedimento negado”, informa a esposa do paciente.
Indignada com o caso, a esposa do radialista registrou três denúncias na Organização Mundial da Saúde (OMS). “Estou sem saber o que fazer, porque o meu marido paga o plano de saúde Unimed Nacional CNU regularmente. Todos os meses a gente paga direitinho e quando precisamos em um caso de vida ou morte, não conseguimos ajuda”, desabafa.
Os médicos deixaram José gravar programas de rádio por até 10 minutos para servir como ânimo a ele por ser um momento delicado. O jornalista costuma gravar por três horas.
Em nota, a Unimed informou que a cirurgia de José foi devidamente autorizada em cumprimento à decisão judicial. A empresa acrescenta que não comenta sobre o quadro clínico de seus beneficiários ou informações sobre a conduta médica.
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