A coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Cíntia Queiroz, pediu afastamento das funções como subsecretária de Operações da Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP-DF).
O afastamento da oficial das funções foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de quinta-feira (7/12). No despacho, cita que Cíntia está de licença média de 2 de dezembro a 14 de janeiro de 2024. O tenente-coronel Alexandre Carvalho da Silva assumirá a função da coronel na pasta. Mesmo com o afastamento, a permanência de Cíntia é assegurada pelo secretário Sandro Avelar.
Cíntia foi indiciada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), referente aos atos de 8 de janeiro, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo à vítima; e deterioração de patrimônio público.
O relator da CPI, Hermeto (MDB), atribuiu toda a culpa dos atos ao ex-secretário-executivo Fernando de Sousa Oliveira e à coronel. Para o relator, a dupla recebeu informações da PF sobre o risco de haver vandalismo em 8 de janeiro, mas a coronel teria agido com falta de proatividade. "Gerou significativas lacunas nas estratégias de segurança das instituições, órgãos e agências envolvidas nos atos do dia 8, afetando diretamente a capacidade das forças de agirem de maneira adequada", escreveu Hermeto no relatório.
Falhas
Hermeto considerou que houve falhas por parte de integrantes da Polícia Militar (PMDF), mas que foram potencializadas por erros de nomes que ocupavam cargos na SSP, indiciados pelo distrital, como Oliveira e Cíntia. O parlamentar escreveu no documento que todas as informações recebidas pelos oficiais foram prontamente acolhidas pelos policiais, dando direcionamento a elas.
A única exceção foi o coronel Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante da 1° Comando de Policiamento Regional (1° CPR) — responsável pelo batalhão da Esplanada. Hermeto considerou que o planejamento dos eventos daquele fim de semana era responsabilidade do oficial. Hermeto ponderou que o ex-comandante confiou no policiamento escalado para a Esplanada por meio do Departamento de Operações da corporação, que era pequeno. Porém, Hermeto também considerou que Casimiro ignorou a chegada de diversas caravanas ao DF naquele fim de semana, mesmo com a informação circulando em grupos de WhatsApp.
O emebedista pediu o indiciamento de Casimiro com base nos crimes de abolição do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.
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