O sonho de subir ao altar às margens do Lago Paranoá

Em sua 8ª edição, Casamento Comunitário proporcionou a 51 casais a realização do matrimônio. Noivos jovens e outros com décadas de amor, puderam enfim dizer o tão esperado sim

Casais tiveram todas as despesas da cerimônia pagas pelo GDF, incluindo roupas, salão e transporte - (crédito: LUIS TAJES)

Mariana Saraiva +

postado em 04/12/2023 04:00

A cerimonia de casamento é um sonho para muitos casais. Dizer sim à pessoa amada, no altar, e guardar boas histórias, pode ser um momento único e muito simbólico. Ontem, 51 casais aceitaram entregar-se em matrimônio a seus pares em uma celebração diante de um pôr-do-sol alaranjando, que brindou noivos, no Pontão do Lago Sul. O evento ocorreu durante a 8ª edição do Casamento Comunitário do Distrito Federal, realizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF). 

Às 17h30, diante de convidados, os noivos responderam ao juiz de paz o "eu aceito" tão aguardado. Eles se somam, agora, aos 264 casais que foram beneficiados, entre 2020 e 2022, nas sete edições anteriores. 

Cada casal recebeu atenção individual da Sejus-DF, que, por meio de parcerias, conseguiu com que os noivos tivessem condições de ter roupas à altura da cerimônia, além de dia da noiva, com direito a maquiagem, escolha do vestido e um voucher R$ 100 para o deslocamento até o local do evento. Tudo pensado nos mínimos detalhes. 

O processo conta com cartórios que realizam todo o trâmite de forma gratuita, garantindo a devida segurança jurídica para os casais. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, fala da emoção de realizar o evento. "Poder ver os noivos casando no Pontão, que é um lugar icônico e deslumbrante para fazer fotos de noivas, era um momento muito aguardado", comentou. "Todo mundo é igual desde o ponto de partida. Todos nós somos iguais e eu acredito que esse é o papel do Estado: garantir que as pessoas tenham acesso a tudo aquilo que está previsto na Constituição Federal", completou.

Elizete Aparecida, 46 anos, e Karen dos Reis, 27, respectivamente, mãe e filha, decidiram se casar no mesmo dia. "Foi minha mãe que me incentivou", destacou a jovem. Ela mora há 11 anos com Persus de Oliveira, 35, com quem tem uma filha. "É o momento mais especial de toda minha vida. Eu estou há três dias sem dormir", emocionou-se o noivo.

Elizete sempre teve o sonho de se casar de véu e grinalda. Mesmo após 30 anos de espera, ela pôde subir ao altar com Carlos da Silva, com quem vive há três décadas. "Estou muito ansiosa. O vestido é maravilhoso, gostei muito dele. Eu moro com meu esposo há 30 anos e o que me deu um empurrãozinho foi o casamento comunitário", contou minutos antes do início da cerimônia, que juntamente com a filha preparou um jantar especial para familiares e amigos. 

Mega estrutura

O capricho com a cerimônia foi vistas nos detalhes. Toda a estrutura foi cercada por flores brancas, com uma mesa de bolo e doces finos. Militares do Corpo de Bombeiros foram os responsáveis pela música, que embalou noivos e convidados.

Há três anos juntos, Raíssa Santos, 2 anos, e Bruno da Silva, 26, decidiram se casar. Eles foram o último casal a se inscrever para o Casamento Comunitário deste ano. "Eu tinha esse sonho e, também, era o sonho da minha avó me ver de noiva", afirmou Raíssa.

O nubente aproveitou a oportunidade para se declarar a agora esposa. "Ela estando aqui, ao meu lado, é o suficiente e poder saber que ela me ama de verdade e que está comigo para o que der e vier", disse emocionado. 

Com penteado e maquiagem impecáveis, Maria Claudiana, 33, realizou o sonho de subir ao altar e casar-se com o companheiro Evaldo de Aguiar, 34 anos. "Desde o primeiro momento que ele me viu ele disse que queria casar comigo, e o sonho dele acabou se tornando o meu", relatou. "Depois, pretendemos fazer uma cerimônia na igreja", completou Claudiana, que escolheu um vestido com uma longa cauda, algo que, para ela, era indispensável para o momento especial.  

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  Casais tiveram todas as despesas da cerimônia pagas pelo GDF, incluindo roupas, salão e transporte LUIS TAJES
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  Bras..lia, 03.12.2023- Casamento Comunit..rio no Pont..o do Lago Sul. .Foto Lu..s Tajes/esp. CB/DA Press LUIS TAJES
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  Raíssa disse sim ao noivo, três anos após o início do seu relacionamento LUIS TAJES
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  Maria Claudiana disse que o sonho do noivo de tê-la como esposa, tornou-se também o dela LUIS TAJES
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  Elizete e Karen, mãe e filha, decidiram se casar no mesmo dia, durante a celebração no Pontão do Lago Sul LUIS TAJES
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  Bras..lia, 03.12.2023- Casamento Comunit..rio no Pont..o do Lago Sul. Na imagem as noivas Elizete Monteiro dos Reis (D) e .sua filha Karen dos Reis Santos (E), que casaram-se no evento. .Foto Lu..s Tajes/esp. CB/DA Press LUIS TAJES
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  Bras..lia, 03.12.2023- Casamento Comunit..rio no Pont..o do Lago Sul. .Foto Lu..s Tajes/esp. CB/DA Press LUIS TAJES
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  Bras..lia, 03.12.2023- Casamento Comunit..rio no Pont..o do Lago Sul. Na imagem as noivas Elizete Monteiro dos Reis (E) e .sua filha Karen dos Reis Santos (D), que casaram-se no evento. .Foto Lu..s Tajes/esp. CB/DA Press LUIS TAJES/CB
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  Bras..lia, 03.12.2023- Casamento Comunit..rio no Pont..o do Lago Sul. Na imagem as noivas Elizete Monteiro dos Reis (E) e .sua filha Karen dos Reis Santos (D), que casaram-se no evento. .Foto Lu..s Tajes/esp. CB/DA Press LUIS TAJES/CB

Etapas

Para participar os noivos precisaram passar por cinco etapas: inscrição; análise dos documentos; divulgação do resultado; participação no encontro preparatório; e o grande dia do casamento. Todo o processo foi gratuito e, a cerimônia foi transmitida pelo Instagram e no YouTube da Sejus-DF.

Os noivos precisaram, ainda, comprovar serem residentes no Distrito Federal, ser hipossuficiente, ter idade mínima de 18 anos e não ter impedimento legal para casar-se.