A família do policial penal do Estado de Goiás José Françualdo Leite Nóbrega está oferecendo 50 mil reais como recompensa para quem souber o paradeiro dele. Também está sendo ofertado o valor de R$ 200 para as pessoas que tiverem filmagens verídicas que comprovem a passagem do carro do policial penal entre 2h e 16h30 de 28 de novembro.
José segue desaparecido e o caso é cercado de mistérios. O agente está sumido desde segunda-feira (27/11), depois que saiu de Águas Lindas (GO) — município onde mora — para buscar R$ 40 mil com uma pessoa, no Distrito Federal. O carro dele foi encontrado carbonizado em uma via, no Núcleo Rural Três Conquistas, no Paranoá.
José Françualdo é lotado na Unidade Prisional de Santo Antônio do Descoberto (GO) e presta serviços na 3ª Coordenação Regional Prisional. O Correio apurou que o servidor trabalhou normalmente no domingo (26/11). Na segunda-feira, o agente disse que viria ao DF para buscar a quantia de R$ 40 mil. As informações foram repassadas à família por um dos funcionários da loja de aluguel de materiais de construção — estabelecimento de propriedade do policial.
No entanto, ocorreu um imprevisto e não foi possível pegar o dinheiro, informou o funcionário da loja. Ao Correio, um dos irmãos do policial, José Fagner, contou que o familiar foi visto pessoalmente pela última vez às 14h30 de segunda. No dia seguinte, José teria retornado ao DF para, novamente, tentar buscar o montante. Por volta das 13h50, ele mandou uma mensagem para a mulher perguntando se ela tinha almoçado. Depois, o celular ficou sem sinal. "Achávamos que tinha descarregado ou algo do tipo. À noite, recebi dos colegas militares a informação do carro dele carbonizado", afirmou o irmão.
Caminho percorrido
O que intriga a polícia e os familiares é o caminho percorrido pelo policial de Águas Lindas para o DF. Câmeras de segurança mostraram a caminhonete de José, uma S10, passando pela DF-130, sentido Rajadinha, por volta de 18h20. Cerca de cinco horas depois, o mesmo veículo foi encontrado totalmente carbonizado no Núcleo Rural Três Conquistas. "Estamos aguardando o laudo pericial. Preliminarmente, não haviam pertences no carro, mas apenas o laudo poderá dizer", explicou o delegado Thiago Renz, da 6ª Delegacia de Polícia, do Paranoá, que conduz as investigações.
Pessoas próximas a José contaram que ele emprestava dinheiro. A polícia colheu inúmeros depoimentos de familiares, funcionários e amigos para saber com quem o homem pegaria os R$ 40 mil, se chegou ao destino final e qual o objetivo do dinheiro.
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