Tragédia

Corpo de vítima de colisão entre ônibus e trem ainda não foi liberado

A mãe da vítima, Ana Rosa de Albuquerque, diz que não conseguiu fazer o reconhecimento da filha por conta do estado em que ficou o corpo dela. Ainda não há previsão de liberação

O corpo de Júlia de Albuquerque Violato, de 37 anos, vítima da colisão entre o ônibus da viação Marechal e o trem de carga no Setor de Indústria na sexta (17/11), ainda não foi liberado para a família. A mãe, Ana Rosa de Albuquerque, de 72 anos, afirmou ao Correio que por conta do estado em que ficou o corpo da filha, não pôde sequer fazer o reconhecimento e que ainda não tem previsão por parte do Instituto Médico Legal (IML) para liberação para que a família possa dar segmento à cremação, desejo confidenciado pela filha em vida.

"Para a prova de que era ela, foi feita a coleta das impressões digitais. Ela tem uma cicatriz na pernas e no braço, queria poder ver para confirmar se era ela mesmo, mas nem isso vou poder. Já imaginou uma tonelada em cima de um corpo frágil? Vou seguir a vontade da minha filha de ser cremada e vou atrás de justiça".

"Quero justiça para as pessoas que mataram minha filha. Ela foi assassinada. Não foi acidente. Acidente é um temporal destelhar a minha casa. Isso foi assassinato", disse emocionada. Ela já constituiu advogado para processar o GDF, a empresa de ônibus e o motorista por negligência.

O Correio procurou o IML e a assessoria de comunicação da Polícia Civil mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta dos questionamentos realizados.

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