ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

CPI do DF marca leitura e votação de relatório final para 29 de novembro

Distritais querem decidir a leitura e votação do relatório final em um só dia. O texto do relator Hermeto (MDB) deve ser mantido, apesar da pressão de deputados da direita e esquerda

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), deputado Chico Vigilante (PT), marcou para 29 de novembro a leitura final do relatório do deputado Hermeto (MDB).

A leitura ocorrerá às 9h — e a expectativa é que Hermeto leve  entre duas e três horas durante esse processo. O desejo dos distritais é que o relatório seja votado na parte da tarde, após o almoço. Conforme acordado pelos parlamentares, os deputados titulares da CPI terão 15 minutos para discutir, enquanto os suplentes, 10 minutos.

Tanto parlamentares da direita quanto da esquerda produzem relatórios paralelos para o caso de o documento de Hermeto seja derrubado. Apesar disso, o relatório do relator deve ser seguido pelos distritais, sendo sugerido emendas modificativas e supressivas. A única certeza é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não estará entre os indiciados, mas ele será citado pelo relator no documento — há indecisão se todos os integrantes do comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) serão indiciados.

A data pode influenciar, também, os trabalhos legislativos dos distritais, já que geralmente votações de projetos ocorrem nas terças e quartas-feiras.

Depoente

Como parte dos trabalhos dos parlamentares, a última oitiva da CPI ocorre nesta quinta-feira (16/11). O coronel da PMDF, Reginaldo de Souza Leitão, que ocupava o Centro de Inteligência da corporação nos atos de 8 de janeiro, presta depoimento.

Leitão era esperado na CPI em 26 de outubro, mas apresentou um atestado de 15 dias e a oitiva foi adiada. O coronel entrou no radar dos distritais por supostamente estar em um grupo de WhatsApp para acompanhar as manifestações de 8 de janeiro, junto com a ex-subsecretária de Inteligência nomeada por Anderson Torres, Marília Alencar.

Nesse grupo, estariam representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que teriam enviado alertas no grupo a partir das 10h da manhã de 8 de janeiro sobre a possibilidade de vandalismo aos prédios dos Três Poderes.

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