Sistema socioeducativo

Algemado, jovem infrator salta de viatura e foge de escolta no Gama

Caso ocorreu no momento em que jovem seria transportado ao Instituto de Medicina Legal. O homem está foragido

Um jovem do sistema socioeducativo pulou da viatura durante uma escolta policial ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Gama. O Correio apurou que a situação ocorreu depois que o socioeducando, que é maior de idade, foi conduzido à delegacia, após se envolver em uma briga com outro interno, na Unidade de Internação de Santa Maria.

A discussão ocorreu na tarde de quinta-feira (9/11). O interno estava sentado na sala de aula, quando recebeu um chute de outro socioeducando. Os dois começaram a se agredir e a situação logo foi controlada pelos agentes. O socioeducando e o outro rapaz, também maior de idade, foram levados à 20ª Delegacia de Polícia (Gama) para o registro de ocorrência.

O Correio apurou que a escolta da unidade até a delegacia foi realizada fora do padrão da proporção que orienta o sistema nacional de atendimento socioeducativo, que é, além do motorista, o ideal é ter outros quatro agentes para a escolta. Nesse caso, só havia um motorista e dois servidores.

Na delegacia, os internos renunciaram o direito de representação e assinaram os termos de ocorrência. Enquanto um dos servidores aguardava a finalização dos trâmites no balcão da delegacia, outros dois agentes colocavam os internos na viatura, que seguiria para o IML para o exame de corpo delito. Neste momento, o interno, mesmo algemado, saltou da parte traseira da viatura e fugiu.

Os agentes correram em busca do fugitivo e três prefixos da PM foram acionados para auxiliar nas buscas. Até a última atualização dessa reportagem o jovem não havia sido capturado. A reportagem procurou a Secretaria de Justiça e aguarda retorno.

Procurado pelo Correio, o Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal (Sindsse) alegou que, atualmente, existem mais de 1 mil cargos vagos para o cargo de agente socioeducativo, que é responsável pela guarda, vigilância e escolta dos adolescentes. Explicou ainda que o baixo efetivo de servidores é uma realidade das unidades de internação e também do grupo de apoio operacional, o que resulta na precarização da segurança.

A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF) informou ao Correio que "o caso é pontual", e está em plena apuração pela Corregedoria Setorial da Pasta. Em relação ao interno, a Polícia Militar segue trabalhando na ocorrência. "É importante dizer que a Sejus está empenhada em solucionar o fato no menor tempo possível".

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