Diálogo

Rodoviários e empresas de ônibus não entram em acordo e terão nova reunião

Categoria não aceitou proposta de representantes de empresas de ônibus, no MPT-DF, por reajuste salarial. Nova reunião de conciliação vai ocorrer na segunda-feira (13/11)

Após reunião entre rodoviários e donos de empresas de ônibus, nesta quarta-feira (8/11), na sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, na Asa Norte, as partes não entraram em acordo durante negociações por melhores condições de pagamento.

O diálogo foi mediado pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF/TO). Participaram da audiência representantes do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Terrestres (Sittrater-DF), da Viação Pioneira, Viação Piracicabana, Expresso São José, Auto Viação Marechal e do Consórcio HP-ITA, que representa a Urbi Mobilidade Urbana.

O procurador regional do trabalho Adélio Justino conduziu as negociações para que as partes entrassem em um acordo para evitar uma nova paralisação no transporte público coletivo do DF. Os representantes das empresas de transporte coletivo que estavam na audiência relataram as dificuldades que alegam passar no gerenciamento das companhias. Os sindicalistas, por sua vez, pretendem ter um novo acordo.

Nova reunião marcada

Após discussões, ficou acertado que haverá uma nova audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT-DF), que será realizada na próxima segunda-feira (13/11), com a participação do secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Flávio Murilo Gonçalves Prates de Oliveira. O objetivo é construir uma solução que atenda as empresas, os empregados e usuários do sistema de transporte coletivo.

Na manhã da última segunda-feira (6/11), em audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), os rodoviários suspenderam a greve e decidiram retornar as negociações, por sugestão do presidente do TRT-10, desembargador Alexandre Nery de Oliveira, e do procurador regional do Trabalho Adélio Justino Lucas.

Reivindicações dos rodoviários

O Sittrater-DF recebeu proposta de reajuste de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico, além de reajuste de 8% no tíquete alimentação e de 10% na cesta básica.

A categoria, que pede renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, entendeu que não é aceitável ser remunerada em um nível abaixo da inflação, que gira em torno de 3,50%, conforme o Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA). A inflação acumulada foi de 5,19% na janela de 12 meses e de 3,5%, no acumulado do ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geogria e Estatística (IBGE). O aumento de 2,80% no preço da gasolina influenciou.

Com informações do MPT-DF/TO

Mais Lidas