A recuperação de patrimônios e a restauração da Praça dos Três Poderes foram um dos temas principais da entrevista com Leandro Grass, presidente do Iphan — Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico, no programa CB.Poder— parceria entre Correio e TV Brasília — desta terça-feira (7/11). Aos jornalistas Ana Maria Campos e Roberto Fonseca, Grass frisou que o tombamento de uma cidade não significa atraso no desenvolvimento, mas a porta para diversas oportunidades.
Leandro abordou os principais projetos neste quase um ano à frente do Iphan. Grass conta que o foco tem sido fazer do patrimônio cultural uma política que mude a vida das pessoas. “Nós estamos em um caminho de popularização, reunindo várias ações já realizadas e em breve vamos lançar uma agenda nacional chamada patrimônio cidadão, que vai agir para que moradores de centros históricos, grupos populares, sejam atendidas pelos investimentos do patrimônio cultural”, disse o presidente do Iphan.
Entre os desafios encontrados, na atual gestão, ele cita recuperar os centros históricos, preservar os bens tombados e de fomentar os bens imateriais, como as expressões da cultura brasileira, frevo, forró, capoeira, roda de samba e tradições. “Estamos analisando o olhar do patrimônio para o combate a desigualdade, fazendo do patrimônio uma ferramenta de desenvolvimento econômico, de geração de oportunidades e de educação e que seja mais acessível à população.”
Sobre a parceria da Secretaria de Cultura do Distrito Federal com o Ministério da Cultura para restauração do Teatro Nacional, Leandro conta que Brasília dispõe de um dos principais teatros do mundo e que tem um valor universal. ”Ele é tombado em nível federal, ou seja, é tombado individualmente, algo próprio. E o Iphan acompanha, desde de 2014, todos os projetos e as propostas de intervenção no teatro. Atualmente, ele está em obras, realizadas pelo GDF e o Iphan participou desde do início.”
Sobre a restauração da Praça dos Três Poderes, Grass afirma que há um projeto em curso para a reforma do conjunto que forma a praça. “Está sendo analisado pelo Iphan em conjunto com a Secretaria de Cultura, e esperamos em breve vencer essas etapas técnicas para que o governo local possa contratar a obra. “Há um valor arquitetônico e simbólico para quem é de Brasília, e há uma delicadeza por conta do tipo de material que é muito frágil. Foi uma praça que nunca teve uma reforma e agora queremos fazer da praça um local de ocupação cultural”, conta.
Veja a entrevista na Íntegra:
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