A administradora Ana Tereza Paixão, 42 anos, ainda não escolheu o que vai dar de presente de Natal para os familiares, mas relevou que a casa já está decorada para a data. "Por estar um pouco longe do Natal, notei que as pessoas estão comprando mais utensílios para decoração. Eu mesmo comprei flores artificiais para a minha casa", disse a moradora do Sudoeste, acompanhada da mãe Ana Luiza Paixão, 69.
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Ana Tereza também notou que ela não está sozinha no clima natalino. "Eu percebi que já existe um consumo muito grande, com movimento bastante legal nessa reta do ano. Vi bastante movimento na feira (dos importados), pessoas adquirindo produtos", disse.
Animados também estão os lojistas que se preparam para alavancar as vendas nesta reta final de ano, principalmente com a oferta de produtos de acordo com o bolso do consumidor. Segundo pesquisa do Instituto Fecomércio, as compras desse período devem injetar R$ 830 milhões na economia do Distrito Federal.
De acordo com o levantamento, o crescimento nas vendas deve ser 23,9% maior do que o mesmo período de 2022. Dos lojistas entrevistados, 80,9% disseram que as principais estratégias para atrair os clientes e aumentar as vendas são: a variedade de produtos oferecida aos consumidores (22,56%) e a vitrine temática (19,04%).
A maioria dos lojistas, um total de 89,6% afirmaram que os preços dos produtos disponíveis no mercado serão mantidos durante o período natalino. Para o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, este é um bom momento para a aposta dos comerciantes, principalmente após o período de pandemia que assombrou o comércio da capital federal.
"Conseguimos registrar o maior índice de otimismo entre os lojistas na série histórica dos últimos sete anos no Distrito Federal. Isso mostra que os comerciantes estão apostando em um bom período para as vendas e tudo indica que este será de fato o melhor Natal para o comércio desde a pandemia. Avaliamos ainda que esse entusiasmo pode estar ligado à inflação controlada, aumento no nível de emprego no DF, reajustes salarias concedidos aos setores público e privado e as consecutivas quedas da taxa Selic, com previsão de nova redução futuramente", destacou.
O levantamento da Fecomércio apontou ainda que os presentes preferidos pelos clientes este ano são brinquedos (38,9%), vestuário e acessórios (18,3%), calçados e acessórios (13,8%), tortas/doces/bombons (13,4%) e souvenirs (7,7%).
Neste ano, o consumidor deve investir mais em produtos de vestuário e acessórios que estão no topo da lista de compra, em torno dos 31,2%, seguido de calçados e acessórios 20,7% e depois os cosméticos e perfumes 16,9%. A pesquisa de intenção de compra para o Natal de 2023 foi realizada entre os meses de setembro e outubro.
Emprego
É esperado que o comércio contrate mais de três mil trabalhadores temporários. A previsão é do presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), Sebastião Abritta. Segundo ele, os setores que mais devem contratar é o de roupas, calçados, brinquedos e objetos para o lar.
"Entre os que procuraram empregos temporários no final do ano passado, 58% eram mulheres e 48% homens. A faixa etária entre 18 e 24 anos é a que mais procura empregos do tipo, representando 69% das vagas", explicou. Os candidatos interessados podem se cadastrar no site do sindicato.