ECONOMIA

Black Friday anima lojistas do DF que já fazem divulgação das promoções

As expectativas para a grande data de promoções no comércio estão altas, tanto por parte dos lojistas, que esperam aumentar os lucros, quanto dos clientes, que querem adquirir produtos a preços abaixo dos praticados no ano

Faltando menos de um mês para a Black Friday, a expectativa é que o faturamento seja positivo e que as pessoas aproveitem o momento para gastar mais, gerando um aquecimento na economia do DF. A data ocorre na última sexta feira de novembro, e nesse ano será no dia 24. O período é conhecido mundialmente pelas promoções imbatíveis com preços bem abaixo do comum.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF mostra que a adesão de lojistas à Black Friday segue em alta na capital federal. O levantamento foi realizado entre os dias 18 de setembro e 5 de outubro, 84,2% das empresas de 16 segmentos do comércio de bens, serviços e turismo participarão das promoções na última semana de novembro. A estimativa é de que cerca de R$ 147 milhões sejam injetados na economia do DF e inaugure a temporada de compras natalinas.

De acordo com os lojistas entrevistados, 54,2% consideram a data muito importante para o faturamento das empresas. Comparando com 2022, quando esse índice atingiu 44%, o grau de importância aumentou entre os entrevistados neste ano. Além desses, outros 28,6% avaliam que a Black Friday tem média relevância no desempenho dos negócios. Apenas 17,2% acham que o período de vendas tem baixa importância.

Fotos: Ed Alves/CB/DA.Press -
Ed Alves/CB/DA.Press -
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Ao Correio, o presidente da Fecomércio- DF José Aparecido Freire disse que os comerciantes devem esta atentos para a tendência de mercado. "Precisam saber quais os produtos estão sendo mais procurados, investir na divulgação de suas promoções por meio das redes sociais e das vitrines, e informar o percentual de desconto real", enumerou. O presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, conta que, desde agosto, vem se preparando para a Black Friday. "Os setores que mais vendem são os de roupas, calçados, artigos para o lar e televisores", relata.

O levantamento da Fecomércio aponta que a maioria dos lojistas espera vender mais no cartão de crédito (85.5%), seguido pelo cartão de débito (13.3%), e pela transferência/pix (2%). Apenas 1,2% dos lojistas esperam receber o pagamento em dinheiro. A maioria dos lojistas (70%) declarou que vai utilizar alguma estratégia para aumentar as vendas, entre elas, a promoção foi a mais mencionada (35,2%), divulgação em redes sociais (22,8%) e diversidade de produtos (22,1%).

Expectativa

Dvair Borges Lacerda, Diretor de Distribuição do Fujioka conta que a empresa se prepara para a Black Friday. "Antecipamos todas as ações, seja aumentando o estoque, negociando ofertas agressivas com os fornecedores, na preparação de equipe e em ações de marketing tanto para as lojas como para o site" relata. "Desde o início do segundo semestre já fizemos a programação para ter estoque disponível para a principal data para o varejo, então, se antecipar é fundamental para ter os produtos e condições mais desejados", completa.

Para Dvair, a expectativa é que haja um crescimento acima de 20% no faturamento. Sobre os produtos mais procurados pelo consumidor, ele cita que grande parte é no setor da tecnologia. "Podemos destacar alguns 'queridinhos' como televisores (principalmente com muitas polegadas), celulares, notebooks, tablets, videogames, ar condicionado, fritadeiras, fones de ouvidos, secadores, pranchas", conta.

Eliene de Souza, 66, é gerente de uma perfumaria no shopping Conjunto Nacional, e conta que as expectativas estão altas para a data. "Teve um aumento de compras para o estoque, produtos de lançamento e outros que vendem bastante. A cada semana terá uma promoção diferente até o dia 30 de novembro. E esperamos faturar em torno de 10% a 15% a mais", projeta.

A vendedora de uma loja de roupas íntimas no Conjunto Nacional, Larissa Duarte, 28, conta que está com os estoques cheios a espera a chegada de muitos clientes na época de promoção. "As promoções vão enquanto durarem os estoques. Ela acredita que as vendas vão aumentar em cerca de 15%. Com muitos anos de experiência do setor de varejo ela afirma que a Black Friday aquece o setor. 

Preparação

O especialista em vendas, Carlos Busch dá dicas para o comerciante se preparar para a data e, é claro, vender mais. "O período que antecede a Black Friday é uma excelente oportunidade para os comerciantes investirem em uma comunicação mais educativa, focada em conceitos, benefícios e diferenciais dos seus produtos, criando uma expectativa positiva nas semanas seguintes até a data promocional", disse.

Para ele, se preparar com antecedência ajuda a fazer com que os consumidores se programem para aproveitar as promoções. "Eles vão ter em mente que estão fazendo uma escolha consciente e vantajosa, e não apenas se deixando levar pelo impulso das grandes liquidações", conta.

Outro aspecto importante que o especialista ressalta é investir em experiências para o consumidor e seus acompanhantes. Criar ambientes agradáveis, com ativações interativas e brindes exclusivos, pode tornar a compra uma experiência memorável, incentivando o cliente a retornar em outras ocasiões. Além disso, é fundamental facilitar o processo de compra, proporcionando diferentes opções de pagamento e garantindo a segurança dos dados.

 

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