O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, deputado Hermeto (MDB), revelou que foi alvo de uma investigação da Polícia Federal, referente aos atos de depredação do prédio dos Três Poderes, em 8 de janeiro. O distrital contou que a PF chegou a pedir busca e apreensão na casa dele, mas que o pedido foi rejeitado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar contou que um oficial de Justiça do STF chegou à CLDF para entregar uma intimação, durante uma oitiva na CPI. O nome de Hermeto entrou na mira da PF após uma denúncia anônima, em fevereiro, em que um delegado começou a investiga-lo pelos atos do 8/1. “Eu fui investigado, esmiuçado, de cima para baixo e de baixo para cima. A mesma intimação dizia que ela teria sido arquivada. Senhores, não tem limites o que passamos nessa CPI”, contou.
O relator vai apresentar, na manhã desta quarta-feira (29/11), o relatório final das investigações tocadas pelo colegiado. No documento de 444 páginas, o distrital pede o indiciamento de 136 pessoas que, segundo ele, podem estar envolvidas em crimes que ocorreram entre 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro deste ano.
O coronel Marcelo Casimiro, ex-comandante do 1° Comando de Policiamento Regional (1° CPR); a coronel Cíntia Queiroz, subsecretária de Operações da Secretaria de Segurança Pública; Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-executivo da SSP; e o general Gonçalves Dias, o G. Dias, ex-GSI são alguns dos indiciados. Entre os outros 132 nomes do relatório, há financiadores e golpistas presos nos atos.
Leitura
A leitura começou às 9h, e a expectativa é de que o relator Hermeto (MDB) leve entre duas e três horas para concluir o processo. O desejo dos distritais é que o relatório seja votado após o almoço. Conforme acordado pelos parlamentares, os deputados titulares da CPI terão 15 minutos para discutir, enquanto os suplentes, 10 minutos. O objetivo é não estender os trabalhos, tampouco suspender para concluir em um outro dia.
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