O relatório paralelo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), elaborado pelo deputado Fábio Felix (PSol) pede o indiciamento de figuras importantes do governo Jair Bolsonaro, como o próprio ex-presidente da República.
Além dele, o ex-ajudante de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid; o general Augusto Heleno, ex-GSI; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; além de todos os PMs presos e alvos da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) estão no rol de pedidos de indiciamento pelo distrital. Os crimes citados são de associação criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
É tratado como bem difícil o relatório ser emplacado na CLDF, em sessão que deve começar às 9h. Isso porque a oposição é minoria entre os integrantes da comissão, com apenas dois parlamentares. Para entrar em pauta, o documento de Hermeto (MDB) teria de ser derrubado.
Para o relatório ser aprovado, é necessário ter quatro votos. Uma análise do cenário da comissão mostra que a posição de alguns deputados titulares da CPI, que não chegaram a agregar muito aos trabalhos dos distritais, como a vice-presidente Jaqueline Silva (MDB) e o membro titular Robério Negreiros (PSD), serão essenciais para definir os passos da CPI.
O regimento interno da Câmara Legislativa permite sugerir emendas modificativas e supressivas no texto original de Hermeto.
G. Dias indiciado
O relatório final da CPI dos Atos Antidemocráticos propõe o indiciamento do general Marco Edson Gonçalves Dias, o G. Dias, ex-chefe do GSI. O relatório do relator Hermeto (MDB) será apresentado nesta quarta-feira (29/11) após mais de nove meses e 32 depoimentos.
No documento, do relator Hermeto (MDB), nenhum coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que ocupava a cúpula da corporação nos atos de 8 de janeiro, está entre os indiciados. Os distritais da oposição não aceitaram bem a notícia. Hermeto já deixou claro que não pretende indiciar ninguém que a CPI não ouviu.
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