CPI dos atos antidemocráticos

CPI pede indiciamento de G. Dias, poupa coronéis e enfurece oposição da CLDF

Texto do relator Hermeto deixou de fora PMs da alta cúpula em 8 de janeiro, mas pediu o indiciamento de G. Dias, atendendo pedidos da direita

O general G. Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) presta depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF) -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
O general G. Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) presta depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF) - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 29/11/2023 06:44 / atualizado em 29/11/2023 06:50

O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), propõe o indiciamento do general Marco Edson Gonçalves Dias, o G. Dias, ex-chefe do GSI. O relatório será apresentado nesta quarta-feira (29/11) após mais de nove meses e 32 depoimentos. 

No documento, do relator Hermeto (MDB), nenhum coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que ocupava a cúpula da corporação nos atos de 8 de janeiro, está entre os indiciados. Os distritais da oposição não aceitaram bem a notícia, e tentarão emplacar o relatório paralelo elaborado pelo distrital Fábio Felix (Psol). No entanto, pesa contra a oposição estar em minoria, com apenas dois parlamentares.

Para o relatório ser aprovado, é necessário ter quatro votos. Uma análise do cenário da comissão mostra que votos de alguns deputados titulares da CPI, que não chegaram a agregar muito aos trabalhos dos distritais, como a vice-presidente Jaqueline Silva (MDB) e o membro titular Robério Negreiros (PSD), serão essenciais para definir os passos da CPI.

O regimento interno da Câmara Legislativa permite sugerir emendas modificativas e supressivas no texto original de Hermeto, que poderá ter mais de 100 indiciamentos, como de incitadores, financiadores e presos dos atos antidemocráticos que ocorreram na capital do país.

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