Entrevista | Edison Garcia | presidente da CEB

Investimento na redução de carbono e energia fotovoltaica são metas da CEB

Companhia Energética de Brasília, com o uso de energia fotovoltaica na iluminação pública, pode fazer de Brasília a primeira capital do mundo com 100% de energia limpa. Gestor falou, ainda, da valorização da empresa pública e dos prêmios recebidos na última semana

 Edison Garcia, presidente da CEB, é o entrevistado do CB.Poder de hoje. -  (crédito:  Reprodução/Tv Brasilia)
Edison Garcia, presidente da CEB, é o entrevistado do CB.Poder de hoje. - (crédito: Reprodução/Tv Brasilia)
postado em 25/11/2023 05:00

A adoção da matriz energética fotovoltaica aliada a transposição de postes públicos por lâmpadas de LED pode reduzir em toneladas a emissão de gás carbônico. Essa avaliação é feita pelo atual presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Edison Garcia. Em entrevista aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Roberto Fonseca, o convidado detalhou o projeto de construção de usinas para gerar energia limpa e retomar as mudanças de iluminação pública iniciadas no Parque Ana Lídia. A entrevista foi exibida pelo programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília— de ontem.

As ações da CEB, na Bolsa de Valores, se valorizaram 25% nos últimos meses, acima do índice da Bovespa, a que se dá isso?

Quando assumimos a CEB, a ação valia R$ 23. Depois da privatização ela foi a R$ 219. Óbvio que esse preço estava inchado pela compra, então, quando se olha o gráfico, ela teve uma queda. Mas tirando esse fator não recorrente, ao olharmos a parte recorrente da companhia, a CEB teve uma multiplicação da sua percepção de valor em quatro vezes. Segundo o gráfico de percepção do mercado, (os acionistas) estão pagando mais pelas ações dela. Isso tem a ver com estabilidade e, também, o plano de negócios. A percepção da concessão de iluminação pública, fazer a gestão do Parque de iluminação pública por 30 anos, é um novo negócio para a CEB Iluminação Pública. É um negócio que gera caixa com perenidade. Ela vai investir recursos próprios na iluminação pública. Vai passar a receber a CIP (Contribuição de Iluminação Pública), como uma contraprestação. A gente fará o DF 100% em LED nos próximos dois ou três anos, isso reduz a conta de energia em mais de 100 milhões de reais por ano, reduz o carbono na cidade, que é um dos destaques nacionais em sustentabilidade. Se considerarmos a redução de carbono na troca de LED somada à usina fotovoltaica, nós estamos falando em 40 mil toneladas de resgate carbônico. Talvez seja o maior projeto de sustentabilidade feito na capital da República. É a primeira capital do mundo tendo 100% de lâmpadas de led, que é uma energia sustentável com geração fotovoltaica.

Como vão funcionar essas usinas?

Nós temos dois acordos fechados com a TerraCap e vamos usar uma área muito boa ali no Catetinho. A gente começa com a fase 1 e depois vamos estender com usinas no futuro. Essas usinas gerarão energia para o governo do Distrito Federal. Existe uma lei que foi aprovada e sancionada pelo governador há dois anos, e nós trabalhamos nela com o programa CEB Sustentabilidade, em que todos os órgãos públicos do DF terão até 2028, que consumir 75% da sua energia com fontes renováveis, então nós estamos nos preparando para fazer o GDF cumprir essa lei.

Temos visto mudanças na iluminação do Parque Ana Lídia. A que se dá essa mudança?

Convidamos a população a passar por lá e ver como será a Brasília de amanhã. O DF inteiro estará com uma iluminação naquele padrão. Não fizemos o parque inteiro pela falta de recursos para trocar toda a iluminação. O Parque Ana Lídia foi feito com um recurso parlamentar e também alguns outros pontos de Brasília. Na Asa Norte e na Asa Sul, algumas quadras têm recebido esses investimentos, na L2 Norte nós fizemos toda a troca da iluminação de LED e vamos fazer na Asa norte, que merece toda a nossa atenção. Estamos agora com um investimento em mais umas oito quadras. Mas se você imaginar que nós temos algo como 120 quadras na Asa Sul e na Asa Norte, só para o Plano Piloto precisamos de investimentos de 80 a 100 milhões de reais.

A CEB recebeu um prêmio na última quinta-feira. Por que a CEB foi laureada?

Nós trouxemos para Brasília, ontem (anteontem), dois prêmios, em duas categorias, recebidos pelo Empresas Mais. Ele é feito há 8 anos pelo Estadão, em parceria com a FIA Business School, que é uma faculdade da USP e também a Austin Rating, uma empresa americana. Esse ano nós tivemos uma indicação e recebemos a informação de que nós deveríamos ir a São Paulo, porque estaríamos concorrendo como finalistas de um prêmio na categoria de índice de empresas de altíssimo desempenho no Centro-Oeste. Nós fomos lá com essa expectativa e tivemos a grata satisfação de quando anunciado o vencedor desse prêmio de altíssimo desempenho no centro-oeste, a CEB foi a escolhida.

*Estagiário sob a supervisão de Suzano Almeida

 

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