Familiares e amigos de Brenda Almeida Michnik, de 20 anos, fizeram uma passeata e carreata na área central de Planaltina, na manhã desta segunda-feira (20/11), em protesto ao feminicídio que tirou a vida da jovem. As pessoas usavam camisetas brancas e carregavam balões brancos em pedido de paz pelo fim da violência contra as mulheres.
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A manifestação ocorreu após o velório da mulher no Cemitério de Planaltina, que ocorreu das 8h às 10h, na capela Templo Ecumênico. O sepultamento foi realizado às 10h30. O criminoso e companheiro da jovem, Rafael Breno da Silva Teixeira, 25, teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia ocorrida nesse domingo (19/11).
Relembre o caso
De acordo com o delegado da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) Wainer Augusto, o acusado atacou a companheira de surpresa, por volta das 10h do último sábado (18/11), quando ela estava sentada no sofá. No depoimento, Rafael alegou suspeita de traição por parte de Brenda. O ataque ocorreu após uma discussão entre os dois. Em seguida, familiares retiraram da residência, no Jardim Roriz, o filho do casal, de 3 anos.
Brenda Almeida Michnik chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhada para o Hospital Regional de Planaltina (HRPL), mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde após várias paradas cardíacas e perda de sangue.
O autor chegou a tentar suicídio e recebeu atendimento também no Hospital de Planaltina. Quando foi liberado pelos médicos, foi encaminhado para a 16ª DP. Rafael tinha diversas manchas de sangue no corpo, que foi confirmado ser da vítima. Em frente ao delegado, o autor do crime entrou em desespero ao saber da morte de Brenda.
Este é o 32º feminicídio no DF neste ano. Brenda foi a segunda vítima na semana passada. Na noite de quarta-feira (15/11), Sofia Antunes Queiroz, também de 20 anos e em Planaltina, foi morta com um disparo de arma de fogo dentro de casa, no Vale do Amanhecer. O autor, identificado como Leandro Gomes Lustosa, 33 anos, fugiu após o crime. Em 2022, a capital registrou 17 ocorrências.
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