O motorista de ônibus Pedro Domiense Campos, que dirigia o ônibus que colidiu com um trem de carga no SIA em um grave acidente na sexta-feira (17/11), deve prestar depoimento à polícia na terça-feira (21/11). De acordo com o delegado-chefe adjunto da 3ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, o condutor ainda está "sob cuidados médicos".
"Há uma série de desdobramentos aguardados para as próximas semanas. Os laudos dos exames periciais principalmente, mas todas as oitivas das vítimas que ainda não puderam ser ouvidas, além do interrogatório do motorista. Ao que consta, ele ainda está sob cuidados médicos, mas vamos intimá-lo e a previsão é de que a oitiva ocorra na próxima terça-feira", disse ao Correio o delegado chefe adjunto da 3ª DP (Cruzeiro), Bruno Dias.
Segundo ele, se for o caso, o motorista poderá responder por homicídio culposo e lesão corporal, previstos no Código de Trânsito. A pena é de detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. A pena pode ser majorada por ser profissional de coletivo.
"No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se a pessoa no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. Ou seja, se for configurado, pode pegar de dois a quatro anos e aumentada de um terço à metade a cada vítima que vier a falecer", explicou.
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No colisão, Julia de Albuquerque Violato, 37 anos, morreu após ter o corpo dilacerado com o impacto da batida. Outras cinco pessoas ficaram feridas.
O motorista foi encaminhado em estado de choque para o Hospital de Base onde seguia internado até a manhã deste sábado. Quatro das cinco vítimas do acidente também seguem internadas. De acordo com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, duas estão em estado mais grave e uma estaria sendo acompanhada pela equipe de psiquiatria do hospital, por estar em estado de choque. Outra vítima, transportada para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), foi atendida pela equipe médica e realizou os exames, apresentando quadro estável e sem indicação de fraturas ou sangramentos.
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