Com o Natal se aproximando alguns mercados se movimentam e um setor que demonstra bastante entusiasmo é de bazares, sejam eles solidários ou não. É nessa época do ano que as pessoas buscam objetos de decoração e algumas feiras se prepararam durante todo o anos para oferecer produtos diferenciados com a temática natalina. Além disso, buscam relembrar o espírito da festa cristã, arrecadando dinheiro para ajudar quem precisa.
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O Bazar do Rema, uma das mais tradicionais feiras de Natal de Brasília, chega a 47ª edição, com início marcado para o próximo final de semana, nos dias 24, 25 e 26 de novembro e 1, 2 e 3 de dezembro, na sede da instituição, localizada na área especial da QI 15, no Lago Sul, com entrada franca. O evento surgiu em 1976, um mês após a criação da Casa Espírita Recanto de Maria, instituição responsável pela organização e realização do bazar.
Os frequentadores da Casa Espírita Recanto de Maria trabalham durante todo o ano na produção de objetos natalinos que chegam a quase 6 mil itens. Os utensílios vão de roupas para bebês, bijuterias e decorações para casa, até brechós. O fato de ser uma entidade sem fins lucrativos, toda a renda é usada para manter a casa. Além disso, os recursos vão para algumas ações sociais como distribuição de cestas básicas e material escolar para alunos de baixa renda, além da doação de cobertores para instituições e pessoas necessitadas.
Os itens estarão divididos em oito sessões e ficam à venda durante os dias do evento. Além da comercialização de produtos, os visitantes também podem desfrutar dos salgados da lanchonete e dos pratos do restaurante. Segundo os organizadores, a iguaria mais concorrida é o bacalhau à Consulesa.
Mas os itens natalinos são os mais procurados pelos visitantes. De acordo com o coordenador da Casa, Maurício Maia, a expectativa para essa edição é excelente, isso por conta da volta do público, já que durante a pandemia da covid-19 a feira não ocorreu. "Estamos bem animados, principalmente por conta do nosso público, que é sempre muito fiel", destaca.
Feira Natalina da Casa Azul
Instituição que atende mais de 2 mil crianças e adolescentes por dia, a Casa Azul Felipe Augusto inaugura sua feira natalina, junto com outras instituições sociais, como a Casa Pequeno Polegar e Lar dos Velhinhos Maria Madalena. O evento começou na quinta-feira, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), e vai até amanhã. A programação vai das 10h às 20h, com entrada gratuita.
Para a presidente da casa, Daise Lourenço, um dos objetivos da festa é entregar o real significado do espírito natalino. "É um ambiente em que você vai com sua família, compra o que é do agrado, busca um presente para alguém, leva para sua casa e, a partir dessa ação, o valor é convertido em doações que a casa fornece. Isso é Natal", descreve.
A feira natalina é um dos projetos da casa, que se iniciou como trabalho voluntário, mas acabou evoluindo para um refúgio de famílias, mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade social. A finalidade do bazar é arrecadar fundos para ajudar quem mais precisa.
Arte em casa
Quando começou, a Arte do Encontro era um pequeno bazar que reunia na varanda de uma casa arte, artesanato, design e gastronomia. No próximo fim de semana, o encontro chega à 43ª edição, com o objetivo de reunir pessoas envolvidas em processos criativos e inovadores, como música e outras atrações culturais. Além do encontro do público com os artistas e designers, é possível participar de oficinas e palestras.
A fundadora do encontro, Renata De Sordi explica que sempre gostou de artesanato, isso desde pequena, quando observava sua mãe costurando. Com as sobra dos materiais, ela construía bonecas e vários outros brinquedos. "Isso foi como uma terapia. Quando minha mãe faleceu, herdei uma enorme quantidade de materiais. Foi quando comecei a fazer todo tipo de arte com eles. E conheci outras amigas que também gostavam disso e fomos nos reunindo aqui na minha casa.
Segundo ela, na época em que começaram, em 1998, não tinha onde vender esses itens e o local escolhido foi onde hoje são realizados os encontros: na varanda da casa dela. "Tudo foi crescendo conforme o tempo. De 10 expositores, fomos para 15, e cada vez foram aparecendo mais artesãos. Já chegamos a um número maior que 40", destaca. Os encontros também foram ganhando outros cômodos da casa, pois, além dos objetos, as reuniões passaram a contar com grupos de músicas, palestras, gastronomia e literatura. "As vezes eu também faço algum trabalho voluntário para ajudar outros artesãos em suas atividades", concluiu.
"Na minha casa todo mundo faz alguma coisa. Neste evento, meu marido também vai expor a bebida que ele envelhece aqui em casa. São produtos que estão nesse processo há mais de 8 anos", comenta. Para ela, tudo isso serve como uma terapia, e tem se mostrado bastante ansiosa com a chegada do próximo encontro, com espírito natalino.
*Estagiários sob a supervisão de Márcia Machado
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