CPI

CPI: antiga cúpula da PMDF não agiu intencionalmente, diz coronel

Reginaldo Leitão discordou dos pontos elencados pela PGR na denúncia contra PMs presos, em operação em agosto. Ele afirmou, ainda, que não acredita que os integrantes tenham agido intencionalmente nos atos de 8/1

Leitão é da mesma turma de formação dos coronéis Jorge Eduardo Naime, Fábio Augusto, Klepter Rosa e Paulo José. -  (crédito: Rinaldo Morelli/Agência CLDF)
Leitão é da mesma turma de formação dos coronéis Jorge Eduardo Naime, Fábio Augusto, Klepter Rosa e Paulo José. - (crédito: Rinaldo Morelli/Agência CLDF)
postado em 16/11/2023 14:28

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Reginaldo de Souza Leitão, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), disse que não acredita que os PMs presos (da antiga cúpula) tenham agido de maneira intencional para facilitar os atos de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes.

Quando o relator da CPI, deputado Hermeto (MDB), indagou se os PMs presos representam adequadamente à corporação, Leitão respondeu que sim. Sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que aponta que os policiais agiram de forma intencional para os atos de 8 de janeiro, o ex-chefe do Centro de Inteligência não concordou. “Particularmente, não acredito”, afirmou.

Leitão é da mesma turma de formação dos coronéis Jorge Eduardo Naime, Fábio Augusto, Klepter Rosa e Paulo José – todos presos. Ao responder se eles deixariam de cumprir suas atribuições por preferência política, o ex-chefe de Inteligência respondeu. “Deputado, nessa pergunta, acho que cada um vai ter que responder individualmente. Cada um dos meus colegas”, disse o coronel.

Prisão

Integrantes do alto comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) nos eventos que antecederam os atos de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, foram presos em 18 de agosto em uma operação conjunta da Polícia Federal e da PGR, que também denunciou os sete oficiais da operação no âmbito do inquérito 4.923, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao oferecer a denúncia contra sete policiais, a PGR também solicitou a prisão de todos os envolvidos, além da busca e apreensão; bloqueio de bens; e a suspensão pública dos envolvidos — todos deferidos pelo ministro Alexandre de Moraes, que também suspendeu a atividade policial dos oficiais.

Na denúncia assinada pelo coordenador do Grupo Estratégico dos Atos Antidemocráticos da PGR, Carlos Frederico Santos, o procurador revela que existia uma rede de desinformação entre os membros do alto comando, com o repasse de mensagens falsas que colocavam em xeque a lisura do processo eleitoral brasileiro. A denúncia ainda não chegou a ser deliberada por Moraes.

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