Impactada com o feminicídio da nora, Sofia Antunes Queiroz, 20 anos, a auxiliar de limpeza Maria Zélia, 53, diz que o crime ocorreu após o casal consumir bebida alcoólica. "Todo casal discute. Mas, infelizmente, o pior aconteceu. Ele diz que não foi culpa dele, porque estava tentando tirar a arma dela e disparou", detalha a sogra da vítima.
Antes da discussão entre a jovem e o filho dela, Leandro Gomes Lustosa, 33, que resultou no tiro fatal, que ocorreu nos fundos da casa, Maria pediu para os dois se acalmarem.
Há quase cinco anos que Sofia morava com a sogra e o companheiro, no Vale do Amanhecer. Antes, vivia de aluguel com os pais, também em Planaltina. "Ela era como se fosse uma filha para mim", diz a mãe do acusado.
Após o tiro fatal no pescoço de Sofia, a sogra pediu ajuda aos vizinhos, que chamaram a ambulância. Em seguida, a jovem foi levada ao Hospital Regional de Planaltina (HRPL), onde não resistiu aos ferimentos e morreu.
Vizinhos da família, o manobrista Gilson Torres, 45, e a dona de casa Priscila Santos, 28, que a mãe do suspeito saiu da casa gritando por socorro após o crime. "Eles saíam juntos, com o filho de 4 anos. Era um casal tranquilo", diz Priscila.
Ela relata que, no fim da tarde, recebeu algumas roupas doadas de Sofia, que não serviam mais no filho dela. "Fiquei muito mal porque as roupinhas eram para servir no filho dela. Como não serviu, ela deu para mim. Momentos depois, ela entrou e aconteceu isso. Não imaginava porque quase não a via na rua", detalha a vizinha.
Gilson conta que costumava fazer churrasco junto com Leandro e Sofia. "Era um casal 10. Estamos tristes porque foi um momento de fúria e uma fatalidade. O filhinho dele brincava com os nossos de golzinho", lembra.
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