Faturamento

Temperaturas altas impulsionam vendas de produtos que amenizam o calor

Comércio de ar-condicionado e ventiladores lucra com as altas temperaturas e baixa umidade do período. Sorveterias também aumentaram a produção e elevaram as vendas em até 20% desde a chegada do calorão

Magno Silva, que trabalha em home office, comprou dois aparelhos de ar-condicionado: um para o quarto e outro para o escritório -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Magno Silva, que trabalha em home office, comprou dois aparelhos de ar-condicionado: um para o quarto e outro para o escritório - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
postado em 16/11/2023 06:09

As vendas de produtos especializados, como ar-condicionado e ventilador, aumentaram em até 60% devido ao calor e à baixa umidade que ocorre no DF desde o mês de agosto. A expectativa dos comerciantes e fabricantes é que o principal motivo para o acréscimo no faturamento seja a seca que se intensificou nas últimas semanas. Outra alternativa para fugir do calor é o consumo de sorvetes, picolés e alimentos gelados. As sorveterias também tiveram um acréscimo de cerca de 20% no faturamento, desde que o calor chegou.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista), a onda de calor e os poucos ventos têm provocado um aumento de 21% nas vendas de aparelhos de ar condicionado. Já a comercialização de ventiladores, cresceu 39% em razão dos preços.

Para o presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, a população está conseguindo, na medida do possível, reduzir os efeitos do calor comprando os aparelhos para refrescar os lares e os ambientes de trabalho. "As lojas estão facilitando as compras oferecendo parcelamentos e descontos". 

  • Vanessa Moura conta que no domingo vendeu 80 caixas de picolés
    Vanessa Moura conta que no domingo vendeu 80 caixas de picolés Minervino Júnior/CB/D.A.Press
  • Ariane Inglezdolfe foi se refrescar tomando sorvete
    Ariane Inglezdolfe foi se refrescar tomando sorvete Minervino Júnior/CB/D.A.Press
  • Magno Silva, que trabalha em home office, comprou dois aparelhos de ar-condicionado: um para o quarto e outro para o escritório
    Magno Silva, que trabalha em home office, comprou dois aparelhos de ar-condicionado: um para o quarto e outro para o escritório Minervino Júnior/CB/D.A.Press
  •  13/11/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil.  Brasilia - DF. Onda de calor, altas temperaturas e diia mais quente em Brasília. Loja de Ar condicionado Clima Rio. Gerente Maurílio Santana.
    13/11/2023. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Onda de calor, altas temperaturas e diia mais quente em Brasília. Loja de Ar condicionado Clima Rio. Gerente Maurílio Santana. Minervino Júnior/CB/D.A.Press

 

Impacto nas vendas

O gerente comercial  Maurilio Sampaio, da ClimaRio, empresa especializada em vender diversas marcas de ar-condicionado, comemora o aumento no faturamento, e destaca que o acréscimo é, sem dúvida, devido ao calor que está intenso desde o mês de agosto.

"Nosso faturamento aumentou mais de 60% desde que o calor se intensificou. É normal vendermos bastante esse produto nos meses de agosto e setembro, período de sazonalidade, mas em seis anos trabalhando nessa loja essa é a primeira vez que as vendas tiveram um aumento tão significativo neste período de novembro, que já era para estar chovendo bastante".

Maurilio explica ainda que a procura pelo ar-condicionado aumentou tanto, que em setembro ele ficou 20 dias sem poder atender a demanda por falta do produto. "Ficamos sem vender por causa da intensa procura por parte das empresas, hospitais, construtoras, varejo, shoppings e dos clientes do dia a dia. Se a pessoa está em casa passando mal com a alta temperatura, ela vem comprar, é diferente de você esperar uma promoção para adquirir uma televisão, o ar condicionado se tornou um produto necessário", ressalta.

O servidor público Magno Sousa e Silva, 38, não aguentou o calor e foi até a loja comprar o ar condicionado. Depois de muitas pesquisas, ele pagou R$ 5,2 mil e levou dois aparelhos para casa, um para instalar no quarto e outro no escritório. "Sou servidor público, estou em trabalho remoto, não tem como fazer nada com o calor intenso desse jeito. Essa compra é uma necessidade, não dá para adiar, os preços estão altos, mas é um investimento para quem realmente precisa", afirma.

Sorvetes

Outra alternativa para fugir do calor é o consumo de sorvetes, picolés e alimentos gelados. As sorveterias também tiveram um acréscimo importante no faturamento, desde que o calor se intensificou. A Nosso Sabor, localizada no Guará, teve cerca de 20% de aumento nas vendas e, somente no último domingo, vendeu 80 caixas de picolés e mais de 60 tortas geladas, além de uma enorme variedade de sorvetes. 

"A procura foi muito alta, as filas ficaram quilométricas, teve cliente indo embora porque não aguentava mais esperar. O consumo aumentou e é de fato devido aos dias quentes que estamos vivendo", afirmou a funcionária, Vanessa Moura Cajado, que trabalha no caixa da loja. Em tempos de clima mais ameno, aos sábados e domingos, o estabelecimento costuma vender 60 caixas de picolés por semana.

Ariane Inglezdolfe, 41 anos, mora na Colônia Agrícola do Guará, e deu uma passadinha na sorveteria acompanhada da filha Geovana Inglezdolfe, 11, para um tomar sorvete e refrescar um pouco o calor forte do meio da tarde. "Estamos passando por dias muito quentes, o sorvete, além de saboroso, nos alivia um pouco desse calourão".

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->