ondas de calor

Entenda o que são ondas de calor e veja como se prevenir das altas temperaturas

Em comunicado divulgado na sexta-feira (10/11), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) anunciou que Distrito Federal entrou em alerta vermelho de grande perigo para altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar

Mércia da Silva, 38 anos, ao lado do marido Fausto Furtado, 37, e das filhas Maria Eloíse e Maria Liz -  (crédito: Eduardo Fernandes/ CB/ DA PRESS)
Mércia da Silva, 38 anos, ao lado do marido Fausto Furtado, 37, e das filhas Maria Eloíse e Maria Liz - (crédito: Eduardo Fernandes/ CB/ DA PRESS)
postado em 11/11/2023 16:08

Prepare a garrafinha de água e o protetor solar, pois, novamente, as ondas de calor tomam conta de boa parte do Brasil. Uma massa de ar quente tem atuado nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte do Norte, aumentando as temperaturas e diminuindo a umidade.

Em comunicado divulgado na sexta-feira (10/11), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) anunciou que Distrito Federal entrou em alerta vermelho de grande perigo para altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. O aviso se estende até às 23h59 da próxima quarta (15). Estados como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o noroeste de São Paulo também estão sob aviso.

Para serem consideradas ondas de calor, as temperaturas devem estar, por um período maior que cinco dias, 5ºC acima da média esperada para o mês – que, no caso do DF, é 27ºC em novembro. Além disso, a umidade relativa do ar deve se manter abaixo de 20%. Para a Organização Mundial da Saúde, registros de umidade na faixa dos 12% são classificados como emergenciais, devido aos riscos à saúde, como desidratação e problemas respiratórios. 

Neste sábado (11), os termômetros registraram mínima de 15,4°C, na Estação Meteorológica de Águas Emendadas, em Planaltina, e a temperatura máxima pode bater os 35°C. Já a umidade deve variar de 15% a 80%. “Apesar do calor, não descartamos a chance de chuvas isoladas”, alertou Andrea Ramos, meteorologista do Inmet.

Esta é a oitava onda de calor registrada no Brasil, somente neste ano, fazendo com que 2023 corra o risco de ser considerado o ano mais quente da história. Atualmente, o pódio é ocupado por 2016.

Em busca de sombra

Uma pausa para ir ao Parque, na tentativa de aliviar o calor e manter a família reunida. A professora Mércia da Silva, 38 anos, ao lado do marido Fausto Furtado, 37, tiraram um tempo do dia, logo cedo, para cumprir uma programação especial ao lado das duas filhas. Entretanto, ela ressalta a dificuldade que é fazer qualquer coisa fora de casa.

“Estamos aqui desde às 10h e o sol já estava daquele jeito. Até afetou um pouco o nosso cronograma e optamos por ficar mais tempo na sombra”, acrescenta. Segundo a educadora, apesar de ter a vida corrida, tenta manter o cuidado neste clima, tomando bastante água e, nos horários livres, mantendo-se em lugares mais frescos. Mesmo assim, ficar longe do ar condicionado tem sido um problema daqueles.

O marido também é enfático ao dizer o quanto a vida tem sido complicada ao longo da semana. Resolver assuntos pessoais na rua é um pesadelo para o bancário nestes dias quentes. “O corpo se sente muito cansado no final do dia. Fico com essa sensação térmica muito ruim”, comenta.

Aos finais de semana, passar boa parte do tempo na residência não lhe parece uma boa alternativa. Por isso, sempre que pode, marca presença no Parque da Cidade ou em outros locais que sejam agradáveis e arborizados.

“A escola das meninas também tem muito cuidado com essa parte, optando pela proteção ao sol e atividades físicas em horários contrários aos considerados mais críticos. Não aguentamos mais, esperando a chuva logo, se Deus quiser, pois precisamos muito”, finaliza.

Fique em alerta

Como o calor não dá trégua, é preciso estar atento para evitar problemas de saúde, como desidratação e problemas respiratórios. Veja as dicas recomendadas pela Defesa Civil para se proteger:

- Mantenha boa hidratação, portando uma garrafa para reposição de líquidos, sempre que possível
- Umedeça periodicamente as narinas e os olhos com soro fisiológico.
- Utilize umidificador, baldes ou bacias com água ou panos molhados para elevar a umidade do ar em casa.
- Mantenha a adequada limpeza dos ambientes. Isso evita acúmulo de pó e favorecimento de ácaros e fungos, a fim de reduzir crises alérgicas.
- Dê especial atenção às crianças e idosos, monitorando principalmente a questão de hidratação e doenças respiratórias.
- Reduza ou suspenda, se possível, as atividades físicas nos períodos mais quentes do dia.
- Dê preferência a refeições leves.

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