A trombose e as formas de prevenção da doença foram temas do CB. Saúde — parceria entre Correio e TV Brasília — desta quinta-feira (9/11). À jornalista Carmen Souza, a angiologista especialista em cirurgia vascular, Cristienne Souza, destacou que, conforme as pessoas envelhecem, aumenta o risco de enfrentar problemas com a trombose. Segundo ela, a prática de exercícios físicos podem ser um grande aliado na prevenção e combate dessa complicação.
O levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), aponta que no Brasil ocorrem em média 165 internações por dia no SUS, por conta de trombose venosa. Os dados mostram que de 2012 até 2023, houve mais de 489 mil novos casos da doença no país. Cristienne alerta que a doença está associada a uma complicação potencialmente grave e fatal. “As tromboses são mais comuns nas pernas. Mais de 80% dos casos acontecem nos membros inferiores”, explicou.
Trombose
De acordo com a especialista, a trombose é a formação de coágulos dentro das veias. “As viagens longas tanto de avião quanto de carro, são fatores de risco para tromboses. Isso vai entrar em um daqueles fatores para a formação de trombos, que é o estase sanguíneo, ou seja, o sangue parado”, descreveu.
Os sintomas podem ser manifestados de diversas formas. A entrevistada comenta que o principal é a dor no membro afetado. No caso das pernas, isso tende a evoluir para o endurecimento da panturrilha, inchaço da perna e nos tornozelos, além da mudança da coloração e da temperatura do órgão.
Dicas e Vulneráveis
“Durante viagens longas, o paciente é orientado a se levantar pelo menos uma vez a cada uma ou duas horas, no máximo. Se for de carro, é preciso fazer pequenas paradas. É importante beber água, pois a desidratação também é um fator de risco para formação de coágulos”, detalha.
Cristienne sugere uma consulta médica para as pessoas que notam algumas alterações nos membros como, edemas frequentes, varizes nas pernas, alteração da coloração da pele. “Qualquer presença desses sinais ou sintomas é bom fazer um check-up e acompanhamento médico”, destaca.
A doutora comenta que essa é uma doença mais comum na população com idade mais elevada e pouco comum em pacientes mais jovens, abaixo de 40 anos. Além do envelhecimento, pessoas com outras comorbidades também devem ficar em alerta. “Pacientes com câncer, em quimioterapia, neoplasias, os que foram submetidos a grandes cirurgias e ficam um maior período de tempo internados, pessoas com imobilização dos membros inferiores, gestantes e obesidade, são alguns deles”, concluiu.
*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado
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