O fim de semana promete ser de calor intenso no Distrito Federal e não há previsão de chuva. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o calorão vai, pelo menos, até terça-feira. Desde o início do mês, uma massa de ar quente mantém as temperaturas elevadas. Por isso, para os próximos dias, as máximas podem variar de 33°C a 36°C. As mínimas devem ficar entre 17°C e 18°C. A umidade relativa do ar também segue baixa, em torno de 20% ou até menos.
"As chuvas só retornam na semana que vem. Até lá, a gente vai conviver com esse calor. Pelo menos até sábado para domingo, vai ter nebulosidade associada, ou seja, variando ao longo do dia", adianta Andreia Ramos, meteorologista do Inmet.
A especialista relembra que novembro é um mês de transição da primavera para o verão, então, seria comum haver chuvas, o que não está ocorrendo por estes dias, devido a uma massa de ar quente e seca. Por isso, é preciso cautela em relação à saúde. "A dica é se manter hidratado, evitar atividades físicas ou mesmo transitar pelas ruas na parte da tarde, quando são registradas as maiores temperaturas e as menores umidades. Caso não seja possível, é importante usar protetor solar", orienta Andreia.
Nesta quinta-feira (9/11), o Inmet emitiu alerta de perigo em cinco estados por conta da onda de calor: São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de Goiás e Minas Gerais, vizinhos do Distrito Federal.
Assunto do dia
Os brasilienses, acostumados com as chuvas de novembro e uma umidade mais elevada nesta época, estão surpresos e o calor passou a ser um dos assuntos do dia. Nem todos têm como escapar de sair às ruas, especialmente quem trabalha nelas.
Paulo Henrique da Silva Santos é gari e presta serviço no Plano Piloto, de segunda-feira a sábado. Ele faz o possível para se cuidar. "A empresa fornece protetor solar para nos proteger do sol. Usamos o chapéu do uniforme, a própria empresa pede para andarmos com ele direitinho, bebermos água. Depois da jornada de trabalho, costumo beber água de coco, porque sinto que meu corpo fica muito quente", conta.
O bombeiro hidráulico Wellington Pereira diz que é muito desgastante a alta temperatura, especialmente no retorno do trabalho para casa. "O ônibus vem muito cheio, fica abafado, e todo mundo abre as janelas para amenizar o calor. Muitas vezes, faz mais calor dentro do ônibus do que no próprio trabalho. Fico duas horas no transporte, porque trabalho em Brasília e moro em Águas Lindas (GO), uma viagem muito ruim", relata. Ele completa que sai do serviço "agoniado". Mesmo tendo conforto em casa, não é suficiente. "De noite, é ligar o ar-condicionado e o ventilador o tempo inteiro. Mesmo assim, não se consegue dormir", completa.
*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso
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